O pré-candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos Michael Bloomberg declarou estar disposto a gastar boa parte da sua fortuna para derrotar o presidente Donald Trump na eleição de novembro de 2020. Ele rechaçou as críticas de seus concorrentes pela nomeação do Partido Democrata de que o empresário estaria tentando comprar sua vitória.
Listado pela revista Forbes como o oitavo americano mais rico, Bloomberg tem inundado a mídia e as redes sociais com mensagens de que tem a melhor chance de vencer o republicano Trump. Desde novembro, quando tardiamente lançou sua pré-candidatura, ele está gastando mais em anúncios do que seus adversários democratas ao longo de todo o ano passado.
“A prioridade número um é nos livrarmos de Donald Trump. Estou gastando todo meu dinheiro para nos livrarmos de Trump”, disse Bloomberg à Reuters em seu ônibus de campanha, no sábado 11, durante viagem de quase 500 quilômetros ao redor do Texas, um dos 14 Estados que votarão nas primárias democratas da Super-Terça, em 3 de março.
“Vocês querem que eu gaste mais ou menos? Ponto final”, acrescentou.
A senadora Elizabeth Warren, uma das principais pré-candidatas democratas que prometeram afastar a política do dinheiro, criticou Bloomberg quando ele lançou sua campanha com uma blitz de 37 milhões de dólares em anúncios de televisão e acusou o ex-prefeito de Nova York de tentar comprar a democracia americana.
“São apenas coisas políticas que eles dizem, na esperança de que peguem, e eles não gostam que eu faça isso porque compete com eles, não porque é uma política ruim”, disse Bloomberg.
Após entrar atrasado na corrida e perder os primeiros seis debates democratas, Bloomberg tem aparecido em quinto lugar nas pesquisas nacionais de intenção de voto, atrás do ex-vice-presidente americano Joe Biden, dos senadores Bernie Sanders e Warren e do prefeito Pete Buttigieg. Para Bloomberg, os quatro concorrentes são progressistas demais para vencer Trump.
“Uma das razões pelas quais estou relativamente confiante de que posso vencer Trump é que eu seria aceitável para os republicanos moderados que você precisa atrair”, disse Bloomberg, um ex-republicano que fez sua fortuna com uma agência de informações financeiras para empresas de Wall Street.
“Goste ou não, você não pode vencer a eleição se não tiver o voto de republicanos moderados para cruzar a linha de chegada. Os outros (pré-candidatos) são muito liberais para eles (os eleitores republicanos), que certamente votariam em Donald Trump”, disse.
Bloomberg ficará de fora das primeiras quatro votações primárias pela nomeação democrata – nos estados de Iowa, New Hampshire, Nevada e Carolina do Sul -, que serão realizadas em fevereiro.
Enquanto isso, ele tem tocado uma campanha nacional para reunir delegados em disputas posteriores, como a do Texas, que será o segundo maior prêmio entre os 14 Estados da Super-Terça.