Próxima parada do presidente americano, Joe Biden, no seu périplo pela União Européia, a Polônia é, ao mesmo tempo, um aliado muito importante no apoio à Ucrânia e um parceiro cujos líderes são acusados de passar por cima das normas democráticas. A visita de dois dias que começa nesta sexta-feira, 25, segue uma série de cúpulas de emergência em Bruxelas.
Biden será recebido pelo presidente polonês, Andrzej Duda, associado a um partido político de direita acusado de corroer as normas democráticas e que apoiava o ex-presidente Donald Trump. Além de reforçar a necessidade de unidade da Otan, os poloneses esperam que o líder americano peça a adesão do país aos valores democráticos.
A Polônia recebeu cerca de 2,2 milhões dos mais de 3,5 milhões de ucranianos que fugiram da guerra. Também abriga milhares de tropas americanas, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia pela primeira vez, em 2014.
Na quinta-feira, em Bruxelas, durante um encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Biden disse que a Rússia deveria sair do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. “Acho que a Rússia tem que sair do G20, mas isso depende do G20″, disse ele.
Após a reunião da Otan, Duda disse que a visita de Biden destaca a importância da aliança estratégica EUA-Polônia. “Esses laços são independentes de todas as relações políticas. Somos países democráticos, as autoridades mudam e os interesses estratégicos permanecem”, disse Duda.
Antes de Biden retornar a Washington, no sábado, ele deve se dirigir ao povo polonês. A Casa Branca disse que ele “faria comentários sobre os esforços unidos do mundo livre para apoiar o povo da Ucrânia, responsabilizar a Rússia por sua guerra brutal e defender um futuro enraizado em princípios democráticos”.