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Biden se torna primeiro presidente dos EUA a unir-se a piquete grevista

O chefe da Casa Branca fez história ao discursar ao lado de sindicalistas da indústria automotiva em Michigan, estado-chave para as eleições de 2024

Por Da Redação
Atualizado em 26 set 2023, 15h16 - Publicado em 26 set 2023, 15h11
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  • O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se juntou nesta nesta terça-feira, 26, a um piquete de trabalhadores da indústria automotiva Michigan, tornando-se o primeiro líder americano a participar de um ato grevista.

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    O ato foi montado por sindicalistas do United Auto Workers (UAW), que reúne funcionários da Stellantis, Ford e General Motors, e Biden conversou com os trabalhadores grevistas e fez um discurso.

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    “Vocês, da UAW, salvaram a indústria automotiva em 2008”, declarou o chefe da Casa Branca. “Wall Street não construiu o país. A classe média construiu o país. E os sindicatos criaram a classe média. Isso é um fato. Então vamos continuar”, arrematou, sob aplausos.

    “Vocês merecem os aumentos significativos [de salários] de que precisam, e outros benefícios. Vamos recuperar o que perdemos”, acrescentou.

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    Biden pousou em Michigan nesta terça-feira e foi recebido no aeroporto por Shawn Fain, presidente da UAW. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, classificou a visita como “histórica”.

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    “Embora o presidente Biden não seja estranho aos piquetes – na verdade, ele se juntou ao UAW em um piquete em Kansas City, em 2019 –, hoje nós teremos a primeira vez que um presidente no cargo visitará um piquete nos tempos modernos”, disse Jean-Pierre.

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    Nada em vão. O estado do Michigan pode ser um dos estados-chave para a vitória na corrida eleitoral de 2024, na qual Biden é um dos principais candidatos. Depois dele, seu principal rival, o ex-presidente Donald Trump, deve visitar os sindicalistas na quarta-feira, 27. O republicano anunciou sua viagem antes da do democrata e acusouoo presidente de copiá-lo.

    Nos últimos anos, de forma relativamente contra-intuitiva, o Partido Republicano tornou-se bastião para os trabalhadores americanos, em sua defesa de redução de impostos e promessas de controlar a inflação por meio da redução dos gastos do governo. Agora, Biden deverá provar que é o verdadeiro defensor da classe trabalhadora – empreitada que começou ainda em 2020, com o plano “Build Back Better”, que, entre outros objetivos, pregava o ressurgimento da indústria americana.

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    Outra preocupação eleitoral é que o conflito na indústria automotiva pode atingir a economia americana e prejudicar ainda mais sua popularidade. No entanto, o presidente não deve se envolver diretamente nas negociações entre empregados e fabricantes para resolver o problema.

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    O apoio dos sindicatos foi fundamental para a vitória de Biden em 2020. Com o suporte do UAW à sua candidatura, o estado de Michigan, que votou de forma maciça em Trump em 2016, voltou a escolher um democrata.

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    Não é o primeiro aceno de Biden aos trabalhadores em sua campanha de reeleição. Na semana passada, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Nova York, os dois apresentaram um discurso unificado sobre a importância dos sindicatos, contra a precarização do trabalho, sobre a importância de uma classe média forte e de que os mais ricos paguem impostos adequados.

    Após a reunião, ambos se preparam para anunciar a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras, que, segundo o Planalto, pretende promover o “trabalho digno” em colaboração com os Estados Unidos.

    Em colaboração com parceiros sindicais do Brasil e dos Estados Unidos e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), ambos os governos devem tratar conjuntamente de temas como precarização do trabalho, representação sindical e aplicativos. Outros países e parceiros globais devem se envolver na iniciativa.

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