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Hamas e Israel divergem sobre causa das mortes em entrega de ajuda em Gaza

Grupo palestino acusa israelenses de terem aberto fogo contra a população. Porta-voz das Forças de Defesa diz que militares não atacaram os civis

Por Da Redação Atualizado em 7 Maio 2024, 16h52 - Publicado em 29 fev 2024, 19h08

Mais de cem palestinos que esperavam por ajuda humanitária foram mortos na madrugada desta quinta-feira, 29, em Gaza, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas. Versões diferentes sobre o ocorrido foram apresentadas ao longo do dia pelo Hamas e por Israel.

Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, 112 pessoas morreram e 760 ficaram feridas. O grupo palestino acusa as tropas israelenses de abrirem fogo contra a população. Testemunhas ouvidas pela imprensa internacional também afirmam que viram os soldados israelenses disparando contra a multidão.

Inicialmente, Israel disse que as Forças Armadas deram alguns tiros após se sentirem ameaçadas pela confusão durante a entrega de ajuda, quando um grupo de residentes se aproximou da unidade militar israelita.

Mais tarde, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, afirmou que os militares dispararam “tiros de advertência” quando, no momento da chegada dos caminhões com ajuda humanitária, uma multidão cercou os veículos. De acordo com ele, nesse momento alguns morreram pisoteados. Hagari negou que as FDI tenham conduzido um ataque contra os palestinos.

Negociação de cessar-fogo se complica

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou após o episódio que está cético sobre o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas ser assinado na próxima segunda-feira, 4, como ele havia afirmado anteriormente. O presidente americano disse que continua “esperançoso”, mas confirmou que acredita que as negociações vão se complicar após o caso.

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Biden afirmou que está verificando as duas versões “contraditórias” sobre os disparos que ocorreram na região. O presidente americano também disse a repórteres na Casa Branca que falou por telefone, em chamadas separadas, com o emir do Catar, o xeque Tamim bin Hamad Al Thani e o presidente egípcio Abdel Fattah el-Sissi para discutir as negociações sobre reféns e a situação geral em Gaza.  Segundo a Casa Branca, os líderes concordaram que o Hamas deve libertar os reféns, sublinhando que isso “resultaria num cessar-fogo imediato e sustentado em Gaza durante um período de pelo menos seis semanas”.

“Eles trocaram opiniões sobre como um período tão prolongado de calma poderia então ser transformado em algo mais duradouro”, disse a Casa Branca. “Discutiram também o planeamento de aumentar a assistência humanitária a Gaza e como o cessar-fogo ao abrigo do acordo de reféns ajudaria ainda mais a permitir esses esforços e a garantir que a assistência chegasse aos civis necessitados em toda Gaza.”

No início da semana, o presidente disse que esperava que um acordo fosse concretizado até segunda, intensificando as negociações de paz. Junto com o cessar-fogo, os EUA e aliados enviariam mais ajuda humanitária a Gaza e garantiriam que os reféns pudessem voltar para casa.

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