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Biden larga na frente de Trump na arrecadação de fundos para campanhas

Valores arrecadados devem ser fundamentais em campanha que terá particularidades diferentes em relação à de 2020

Por Diego Gimenes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 11h59 - Publicado em 30 mar 2024, 18h34

O presidente americano Joe Biden largou na frente do republicano Donald Trump na arrecadação de fundos para utilização em campanha eleitoral. Dados da consultoria OpenSecrets apontam que os democratas já juntaram 188,8 milhões de dólares em seu comitê, contra 179,2 milhões de dólares da campanha de Trump. As cifras ainda não contabilizaram os 26 milhões de dólares arrecadados por Biden em evento na última quinta-feira, 28, que reuniu os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton.

“Estamos ampliando a sede de campanha e os escritórios de campo, contratando pessoal em todo o país antes que Trump e seus republicanos tenham aberto um único escritório”, afirmou Biden em Nova York. O suporte financeiro de fato será necessário para equilibrar uma disputa que ainda se desenha indefinida e que promete emoções até o final. Biden tem planos de abrir 100 escritórios espalhados em todo o país e tem investido em uma campanha publicitária digital e televisiva de 30 milhões de dólares direcionada a comunidades específicas, como eleitores negros, hispânicos e asiáticos.

Aliados de Trump prometem arrecada mais de 30 milhões de dólares em um evento na Flórida na próxima semana, informa o jornal britânico Financial Times. “Há um apoio enorme entre um amplo espectro de doadores. O jantar é relativamente pequeno por natureza e estamos quase no nosso limite”, disse o bilionário John Paulson à ABC News.

O fato é que as declarações polêmicas de Donald Trump ganham espaço e alcance gratuito nos Estados Unidos, enquanto o presidente Joe Biden trabalha com seus recursos para diminuir os ruídos dessas mensagens ao mesmo tempo em que ocupa a presidência do país. “Menos eleitores estão recebendo notícias dos meios de comunicação tradicionais e encontrar maneiras de fazer com que as informações cheguem a eles está cada vez mais difícil – e isso exige dinheiro. Ambos os candidatos terão que fazer isso”, disse Josh Schwerin, estrategista democrata, à agência Associated Press.

O fato é que o caráter pandêmico e virtual da campanha virtual de 2020 não se repete em 2024. As campanhas vão precisar viajar, construir infraestruturas físicas e gastar muito mais dinheiro do que em 2020. Soma-se a isso o desafio de alcançar os eleitores mais jovens e que estão mais distantes dos canais tradicionais de campanha, e que foram parte relevante da base de votos de Biden no pleito passado.

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