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Biden diz ‘considerar’ pedido para retirar acusações contra Assange

Australiano pode ser condenado a 175 anos de prisão por 18 acusações, maioria sob a Lei de Espionagem

Por Da Redação
10 abr 2024, 17h34

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira, 10, que está “considerando” atender ao pedido da Austrália para retirar o processo contra Julian Assange, fundador do WikiLeaks, preso há cinco anos. Em fevereiro, o Parlamento australiano, com apoio do primeiro-ministro Anthony Albanese, aprovou uma moção que previa o retorno de Assange do ativista à terra natal, em uma tentativa de colocar ponto final na extradição de Londres para Washington.

Assange e o WikiLeaks se tornaram famosos em 2010 com a publicação de quase 700 mil documentos militares e diplomáticos confidenciais que deixaram os EUA em uma situação difícil. As revelações no site expuseram crimes de guerra dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, arquivos sobre detenções extrajudiciais na prisão de Guantánamo, comandada pelos EUA em uma ilha em Cuba, e telegramas diplomáticos que revelaram abusos de direitos humanos em todo o mundo.

O Departamento de Justiça americano definiu a divulgação indevida como “um dos maiores comprometimentos de informações confidenciais na história dos Estados Unidos”. As revelações deixaram Washington em uma saia justa, mas Assange não foi detido imediatamente. Em 2012, o jornalista pediu asilo à Embaixada do Equador em Londres, onde permaneceu até 2019, quando diplomatas permitiram a sua prisão em razão do seu mau comportamento.

+ Justiça britânica aceita recurso de Assange e adia extradição aos EUA

Em que pé está a extradição

Assange foi preso durante o governo do ex-presidente americano Donald Trump sob a Lei de Espionagem de 1917, que permitiu a diferenciação entre a “criação de uma plataforma de vazamento de informações confidenciais” (no caso, a WikiLeaks) e o “exercício convencional do jornalismo”.

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Segundo os advogados de defesa de Assange, a extradição do fundador da WikiLeaks durante um período de “possibilidade real de um retorno do governo Trump” ameaçaria sua segurança, já que ele poderia virar alvo de agências estaduais dos Estados Unidos para “ataques extrajudiciais”.

O retorno para os EUA, no entanto, foi suspenso pelo Supremo Tribunal de Londres em março. Na ocasião, a corte demandou que o governo americano apresentasse garantias de que Assange não enfrentaria pena de morte. Pelo vazamento, o ativista australiano pode ser condenado a 175 anos de prisão por 18 acusações, maioria sob a Lei de Espionagem. A pena  deverá ser cumprida nos Estados Unidos.

O jornalista afirma que sofre perseguição e que apenas exerceu seu trabalho enquanto profissional de imprensa ao expor as irregularidades cometidas nos EUA. Mas o argumento não foi capaz de convencer os juízes britânicos, que rejeitaram a proposta de recurso por prisão motivada por razões políticas ou injustas.

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