À medida que a batalha de Bakhmut avança, tanto a Rússia quanto a Ucrânia relataram grandes perdas em suas tropas. Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, as forças russas sofreram mais de 1.100 mortes nos últimos dias. Ao mesmo tempo, Moscou, que tenta tomar a cidade do leste ucraniano há meses, afirmou nesta segunda-feira, 13, ter matado mais de 220 militares ucranianos nas últimas 24 horas.
“Em menos de uma semana, a partir de 6 de março, conseguimos matar mais de 1.100 soldados inimigos apenas no setor de Bakhmut, uma perda irreversível da Rússia”, comentou Zelensky em um dos seus vídeos diários à população. Outros 1.500 soldados russos foram feridos gravemente o suficiente para mantê-los fora de ação, segundo o presidente.
Em contrapartida, o Ministério da Defesa da Rússia disse que as forças russas mataram “mais de 220 militares ucranianos”.
Diversos analistas dizem que Bakhmut tem pouco valor estratégico, porém se tornou o ponto de foco para os comandantes russos que lutam incansavelmente para entregar notícias positivas ao Kremlin. Com a tomada da cidade, a Rússia estaria mais perto de alcançar seu objetivo de controlar toda a região de Donetsk, uma das quatro anexadas em setembro passado.
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Atualmente, os comandantes ucranianos, que se comprometeram em defender a cidade, afirmam que a estratégia visa segurar as forças russas e impedir que Moscou lance novas ofensivas nos próximos meses. No entanto, a Rússia não está nem perto de desistir de conquistar o território.
De acordo com o comandante das forças terrestres da Ucrânia, o coronel Oleksandr Syrskyi, o grupo mercenário russo Wagner Group atacou as tropas em várias direções em mais uma tentativa de romper as defesas e avançar para os distritos centrais da cidade.
No domingo, Syrskyi disse que a situação na cidade é “difícil, muito difícil, o inimigo está lutando a cada metro”. Para ele, “quanto mais perto do centro da cidade, mais feroz o combate”. Após a captura de Bakhmut, o grupo de mercenários afirmou que novas pessoas da região vão ser recrutadas. Entretanto ,o Instituto para o Estudo da Guerra, um think tank dos Estados Unidos, informou que o ataque de Moscou estava estagnado.
“Os combatentes do Grupo Wagner provavelmente estão ficando cada vez mais presos em áreas urbanas e, portanto, acham difícil fazer avanços significativos”, disse.
Antes da invasão, cerca de 70 mil pessoas moravam na na cidade, conhecida por suas minas de sal. Nos dias de hoje, poucas pessoas permaneceram e aquelas que decidiram ficar arriscam as próprias vidas. O governador regional de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, afirmou que nesta segunda-feira, por exemplo, quatro civis ficaram feridos.
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