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Bangladesh: manifestantes protestam contra desabamento

Tragédia matou ao menos 300 pessoas e deixou milhares de feridos em Daca

Por Da Redação
26 abr 2013, 10h33

Milhares de trabalhadores do setor têxtil saíram às ruas de Daca nesta sexta-feira para protestar pelo desabamento de um edifício que abrigava várias fábricas, uma tragédia que deixou ao menos 300 mortos e 2.000 feridos em Bangladesh. A polícia usou balas de borracha e gás lacrimogêneo contra manifestantes que atacavam fábricas e carros em protesto pelo desabamento

“A situação é muito instável. Centenas de milhares de operários participam da manifestação. Usamos balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão”, afirmou um policial sobre o protesto.

Os trabalhadores atacaram fábricas, carros, queimaram pneus e tentaram incendiar lojas o longo do percurso da manifestação, afirmou Mustafizur Rahman, vice-chefe de polícia de Gazipur, nas proximidades de Daca. “Eles exigem a detenção e execução dos proprietários das confecções e do edifício que desabou em Savar”, disse.

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O Rana Plaza, um edifício de oito andares, desabou na quarta-feira. O prédio abrigava cinco unidades de confecção, e havia entre 2.000 e 4.000 pessoas no local no momento do desabamento.

Desde o incidente, as equipes de auxílio trabalham contra o relógio em busca de sobreviventes, esforços que se prolongarão até sábado. Mais de 40 pessoas já foram resgatadas. Segundo fontes policiais ouvidas pela imprensa local, 372 pessoas continuam desaparecidas, embora o número possa ser muito maior.

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Setor têxtil – O desastre voltou a evidenciar as más condições trabalhistas e de segurança que sofrem os trabalhadores do setor têxtil no país asiático, os mesmo que abastecem várias multinacionais ocidentais. A Polícia Industrial acusou os proprietários das fábricas de ignorarem as rachaduras que apareceram no edifício na terça-feira, um dia antes da catástrofe.

Bangladesh é o país com os custos mais baratos de produção na indústria da roupa em todo o mundo, e por isso empresas de vários países estão transferindo parte de sua produção para lá. Segundo dados da NGWF, nos últimos 15 anos, acidentes ocorridos em fábricas têxteis (incêndios ou desabamentos) no país deixaram 600 mortos e 3.000 feridos.

(Com agências EFE e France-Presse)

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