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Bakhmut: Ucrânia avalia que russos ‘perderam gás’ e vai contra-atacar

Autoridades de Kiev e do ocidente avaliam que ofensiva russa está 'perdendo ímpeto'. Ucranianos podem iniciar aguardada ofensiva a qualquer momento

Por Da Redação
Atualizado em 27 mar 2023, 17h36 - Publicado em 23 mar 2023, 08h49
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  • O general Oleksandr Syrskyi, principal comandante das forças terrestres da Ucrânia, disse nesta quinta-feira, 23, que seus soldados, na defensiva por quatro meses, vão iniciar um contra-ataque “muito em breve” na disputada cidade de Bakhmut. Segundo ele, o momento é propício porque a enorme ofensiva de inverno da Rússia está perdendo força e não conseguiu tomar a região.

    Os mercenários do Grupo Wagner da Rússia, tentando capturar Bakhmut no que se tornou a batalha mais longa e sangrenta da guerra, “estão perdendo força considerável e estão perdendo gás”, disse Syrskyi no seu canal do aplicativo de mensagens Telegram.

    “Muito em breve, aproveitaremos esta oportunidade, como fizemos no passado perto de Kiev, Kharkiv, Balakliya e Kupiansk”, declarou, listando as contra-ataques ucranianos no ano passado que provaram ser pontos decisivos na guerra, recuperando grandes porções de território.

    + Mortes de soldados russos na cidade de Bakhmut chegam até 30 mil

    Syrskyi foi um dos principais comandantes por trás da estratégia da Ucrânia no ano passado, que repeliu o ataque da Rússia a Kiev e fez as forças de Moscou recuarem no segundo semestre de 2022.

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    As linhas de frente na Ucrânia, contudo, estão praticamente congeladas desde novembro. Moscou enviou a Bakhmut centenas de milhares de reservistas recém-convocados e criminosos recrutados de prisões. Ambos os lados descrevem a batalha como um “moedor de carne”.

    A campanha russa rendeu poucos ganhos, e a Ucrânia, que parecia prestes a se retirar da pequena cidade oriental, decidiu este mês manter seus soldados lá, negando a Moscou sua primeira vitória desde agosto passado.

    + As cidades ucranianas que estão na mira de Moscou

    Kiev há muito tempo afirma que planeja uma grande contra-ofensiva em algum momento deste ano, usando armas ocidentais recém-adquiridas. Vários de seus ataques de maior sucesso no ano passado aconteceram rapidamente depois que a Rússia esgotou suas forças em grandes batalhas no leste do país.

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    Moscou não comentou sobre as alegações de que suas forças em Bakhmut estavam perdendo força, mas Yevgeny Prigozhin, o chefe do Grupo Wagner, emitiu declarações pessimistas nos últimos dias, alertando para um contra-ataque ucraniano.

    + A misteriosa ‘milícia’ russa que ganhou fama em meio à guerra na Ucrânia

    Na segunda-feira 20, Prigozhin publicou uma carta ao ministro da Defesa, Sergei Shoigu, dizendo que a Ucrânia pretendia isolar as forças mercenárias dos militares regulares da Rússia. Ele exigiu que Shoigu agisse para evitar a estratégia e alertou sobre “consequências negativas” se ele falhasse.

    Na quarta-feira 22, o Ministério da Defesa do Reino Unido informou que a Ucrânia havia lançado um contra-ataque local a oeste de Bakhmut, que provavelmente aliviaria a pressão na principal rota usada para abastecer as forças de Kiev dentro da cidade.

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    Ainda há uma ameaça de que as forças ucranianas em Bakhmut possam ser cercadas, disse a inteligência britânica, mas há “uma possibilidade realista de que o ataque russo à cidade esteja perdendo o ímpeto limitado que obteve”.

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