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Avanço do novo coronavírus na África preocupa OMS

Organização cita sistemas públicos de saúde precários como principal problema para combate à pandemia

Por Da Redação Atualizado em 28 jul 2020, 11h13 - Publicado em 28 jul 2020, 11h04
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  • Médica vista em hospital de campo montado em Khayelitsha, África do Sul. 21/07/2020 (Mike Hutchings/Reuters)

    Com progressão inicialmente mais lenta do que em outras regiões do mundo, a pandemia de Covid-19 na África agora é alvo de novas preocupações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Embora os números de casos e mortes registrados sejam baixos em comparação à Europa e aos Estados Unidos, o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, afirmou que a aceleração da pandemia na África pode ser ainda mais fatal, já que muitos países possuem sistemas públicos de saúde precários.

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    As medidas precoces e rigorosas de confinamento e quarentena “permitiram retardar a progressão” da doença no continente, segundo Mary Stephens, especialista do escritório da OMS para a África. Mas, ainda é preciso estar atento à evolução dos casos para melhor controlá-los, à medida que o pico da pandemia está chegando à região, alertou.

    No total, cerca de 860.000 casos foram registrados em todo o continente, com pelo menos 18.000 mortes.  A Espanha sozinha, por exemplo, acumula cerca de 272.000 casos e 28.400 mortes.

    Para evitar colapsos econômicos, muitos países da região aliviaram medidas de isolamento, o que, segundo a OMS, pode ajudar a avançar a progressão de casos.

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    A África do Sul é o país mais afetado do continente e o quinto lugar entre o países com o maior número de contaminações, somando mais de 450.000 casos, incluindo 7.067 mortes. Segundo o ministro da Saúde sul-africano, Zweli Mkhize, “o pico será em julho, agosto e setembro”.

    O país impôs no final de março um dos confinamentos mais rígidos do mundo, antes de aliviá-lo. Diante da explosão de contaminações, escolas voltaram a ser fechadas por um mês e um toque de recolher noturno foi colocado novamente em vigor.

    No Quênia, o número de casos triplicou em um mês, com quase 18.000 confirmados, incluindo 285 mortes. Sob pressão do setor privado, o país suspendeu recentemente a proibição de sair ou ir para Nairóbi e Mombasa, os principais focos da epidemia.

    Na segunda-feira 27, no entanto, o presidente Uhuru Kenyatta não cedeu à pressão e anunciou novas medidas rígidas, incluindo a proibição da venda de álcool em restaurantes e um toque de recolher para conter a propagação “agressiva” do novo coronavírus.  As escolas do país serão reabertas apenas em janeiro de 2021.

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    Ao contrário do países que adotaram regras mais rígidas, alguns Estados da região minimizam as consequências da pandemia. Em Madagascar, o presidente Andry Rajoelina elogiou as virtudes, segundo ele, preventivas e curativas de um chá de ervas contra a Covid-19. O chá à base de artemísia, distribuído gratuitamente de forma ampla no país, não possui eficácia comprovada cientificamente. O número de contaminações, no entanto, continua crescendo: já são 9.690 casos, incluindo 91 mortes.

    Na Tanzânia, onde os últimos dados oficiais foram publicados somente em abril e indicavam 509 casos, o presidente John Magufuli afirmou que “não há Covid”. O mandatário é acusado por profissionais da saúde de mentir sobre a gravidade da situação, após afirmar que “remédios naturais” ajudaram seu filho a se curar da doença.

    (Com AFP)

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