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Autoridades libanesas dão novos detalhes sobre explosão de pagers do Hezbollah

 Israel teria implantado explosivos dentro das baterias de lítio dos pagers importados pelo Líbano de maneira praticamente indetectável

Por Da Redação Atualizado em 27 set 2024, 14h24 - Publicado em 27 set 2024, 14h21
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  • Restos de um pager que explodiu durante um ataque direcionado à milícia libanesa Hezbollah em Beirute. 18/09/2024
    Restos de um pager que explodiu durante um ataque direcionado à milícia libanesa Hezbollah em Beirute. 18/09/2024  (Colaborador/AFP)

    Autoridades da Defesa do Líbano afirmaram à emissora CNN nesta sexta-feira, 27, que Israel implantou explosivos dentro das baterias dos milhares de pagers usados pela milícia libanesa Hezbollah, que explodiram na semana passada em um ataque que matou pelo menos 37 pessoas e feriu quase 3.000.

    Ao investigar os aparelhos que estavam desligados no momento do ataque em 17 de setembro e que, portanto, não receberam o comando que fez os dispositivos explodirem, essas autoridades constataram que o material explosivo estava dentro da bateria de lítio, se tornando praticamente indetectável.

    Em uma carta enviada ao Conselho de Segurança da ONU na última sexta-feira, a missão do Líbano nas Nações Unidas afirmou que uma investigação preliminar revelou que os dispositivos de comunicação foram implantados com explosivos “de maneira profissional” por “entidades estrangeiras” antes de chegarem ao país.

    Pagers sabotados

    Na semana passada, milhares de pagers explodiram no Líbano quase simultaneamente em uma sabotagem em larga escala sem precedentes desses equipamentos, selecionados para substituir os celulares e utilizados justamente para reduzir o risco de assassinatos pontuais realizados por Israel.

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    A milícia libanesa aliada do grupo terrorista palestino Hamas e financiada pelo Irã responsabilizou Israel pelo ataque, prometendo uma “punição justa”. Embora Israel não tenha comentado diretamente sobre os ataques, fontes da Segurança do governo israelense relataram à Reuters que o Mossad, serviço de inteligência do país, teria sido responsável por planejar e executar os ataques.

    As autoridades libanesas disseram que os dispositivos usados nos ataques foram fabricados pela empresa taiwanesa Gold Apollo, mas o CEO da empresa, Hsu Ching-kuang, nega, alegando que eles foram fabricados por uma empresa húngara, a BAC Consulting.

    As investigações internacionais rastrearam o licenciamento e a fabricação dos pagers de Taiwan até empresas de fachada que podem ter facilitado a operação israelense. New York Times informou na semana passada, com base em três oficiais de inteligência, que Israel criou pelo menos três empresas de fachada para ocultar as identidades dos fabricantes dos dispositivos sabotados, que eram oficiais de inteligência israelenses.

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    “Os pagers que explodiram dizem respeito a uma remessa recentemente importada pelo Hezbollah de 1.000 dispositivos”, que parecem ter sido “sabotados na [fonte]”, disse à AFP uma fonte próxima ao Hezbollah, pedindo para não ser identificada.

    O ataque aos milhares de pagers e walkie-talkies usados ​​pelos membros do Hezbollah mudou o foco de Israel para a fronteira norte após quase um ano de guerra contra o Hamas em Gaza.

     

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