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Áustria quer dispensa de cota de acolhimento de refugiados da UE

Polônia, Hungria, Eslováquia e República Checa também se opõem ao sistema europeu que obriga as nações a receberem uma cota mínima de imigrantes

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h07 - Publicado em 29 mar 2017, 13h43
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  • O governo austríaco quer ser dispensado da obrigação de receber uma cota mínima de refugiados, conforme foi imposto pelo sistema de realocação da União Europeia. Segundo o chanceler Christian Kern, a Áustria já recebeu uma quantidade superior de pessoas do que era estipulada por Bruxelas durante a crise imigratória da Europa.

    “Acreditamos que é necessária uma exceção para a Áustria por já ter cumprido sua obrigação. Iremos discuti-las com a Comissão Europeia”, disse Kern na terça-feira. “Vamos enviar uma carta o mais rápido possível e depois iniciar as discussões.”

    A União Europeia introduziu a controversa cota mínima de realocação de refugiados para aliviar a pressão dos principais países de entrada dos imigrantes na Europa, como Grécia e Itália. A medida exige que os países do bloco acolham um determinado número de pessoas, baseado em seu PIB total e no tamanho de sua população.

    A Áustria recebeu cerca de 90.000 postulantes a asilo em 2015, mais de 1% de sua população. Dessa forma, a UE concedeu ao país uma exceção temporária ao sistema de cotas, que expirou em 11 de março de 2017. Agora, a nação busca ser dispensada da sua obrigação novamente.

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    O anúncio de Viena é mais um golpe ao sistema europeu, que já foi mal implantado devido à oposição liderada por países do leste europeu, como Polônia, Hungria, República Checa e Eslováquia. Desde o início da crise imigratória europeia, esses governos se posicionaram de forma contrária ao recebimento dos refugiados.

    “O conceito de cota é uma rua sem saída” disse Peter Szijjarto, ministro das Relações Exteriores da Hungria, quando o sistema de reassentamento foi anunciado. “Parece uma ideia anunciada em Primeiro de Abril”, brincou o ministro polonês, Witold Waszczykowski, em declaração à jornalistas na época.

    E a resistência continua. Um encontro em Varsóvia, do grupo que ficou conhecido como Grupo de Visegrado, reuniu a primeira-ministra da Polônia, Beata Szydlo, e os seus homólogos da Hungria, Eslováquia e República Checa nessa terça-feira. Após discutirem o assunto, os líderes da Europa Central disseram que ainda rejeitam a política europeia de acolhimento de refugiados e que não irão ceder, mesmo sob pressão financeira.

    Para eles, o plano de Bruxelas de implantar uma multa para as nações que não receberem o número de imigrantes estipulado não passa de chantagem. O governo polonês citou, ainda, preocupações de segurança entre as razões por trás de sua recusa em acolher refugiados.

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