Homens armados com fuzis e pistolas abriram fogo na madrugada deste domingo (10) em um bar em Soweto, na África do Sul, deixando 15 pessoas mortas e ao menos oitos feridas. De acordo com o que a polícia local informou à agência Reuters, o crime ocorreu pouco depois da meia noite. Atiradores entraram em um bar e dispararam aleatoriamente contra os clientes. Os criminosos fugiram e a polícia ainda não sabe quantas pessoas estão envolvidas e nem qual foi a motivação para a chacina.
Soweto é uma cidade que fica a cerca de 25 quilômetros de Johanesburgo. O distrito foi criado nos anos 1960 para abrigar bairros de população negra no regime de segregação racial do apartheid. O objetivo era separar fisicamente os negros da minoria branca que governava o país. A cidade, onde Nelson Mandela morou por quinze anos, foi um dos símbolos da resistência antirracista na África do Sul. Em 1976, forças policiais mataram dezenas de estudantes durante a repressão a uma passeata por melhores escolas em um episódio que ficou conhecido como o massacre de Soweto.
Quase seis décadas se passaram e a região ainda é marcada pela violência armada, desemprego e poucas oportunidades para os jovens. A polícia sul-africana investiga ainda outros dois tiroteios em bares pelo país na madrugada deste domingo, informou a Reuters. As autoridades, contudo, dizem ainda não haver indícios de que os casos estejam ligados.
Segundo o jornal The Guardian, o porta-voz da polícia sul-africana, Dimakatso Sello, informou que uma força tarefa foi criada para investigar o crime. De acordo com o oficial, o bar fica em uma região sem energia elétrica e muito escura, o que torna difícil a identificação de suspeitos. O comissário de polícia da província de Gauteng, Elias Mawela, disse que muitas vítimas foram baleadas quando tentavam fugir do tiroteio.
“De repente, eles ouviram tiros e foi quando as pessoas tentaram sair correndo do bar. Não temos ainda todos os detalhes do momento e nem por qual o motivo eles estavam atacando essas pessoas”, disse.