No ataque aéreo mais letal em quase um ano, Israel matou pelo menos 37 pessoas,n a sexta-feira 20, incluindo três crianças e sete mulheres em Beirute, capital do Líbano, segundo informações do Ministério da Saúde do país, divulgadas neste sábado, 21.
O alvo do ataque israelense eram comandantes do Hezbollah, que informou que 16 de seus membros, entre eles o líder sênior Ibrahim Aqil e outro comandante de alto escalão, Ahmed Wahbi, estavam entre os mortos. Neste sábado, o governo de Israel anunciou que fechou o espaço aéreo do norte perto da fronteira com o Líbano.
O ataque israelense de sexta-feira, 20, atingiu uma reunião subterrânea de Aqil e de comandantes da elite das forças Radwan do Hezbollah, e destruiu a cadeia de comando militar do Hezbollah, segundo o exército de Israel. Aviões israelenses prosseguiram com os ataques, realizando bombardeios mais intensos em 11 meses de combate no sul do Líbano. O Hezbollah reivindicou ataques com foguetes contra alvos militares no norte de Israel.
A escalada de tensão foi motivo de cancelamento de uma viagem do primeiro-ministro libanês Najib Mikati à Assembleia Geral da ONU em Nova York. O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, afirmou estar preocupado com a escalada entre Israel e o Líbano, mas que a morte de um líder do Hezbollah trouxe justiça ao grupo, que Washington designa como organização terrorista.
“Embora o risco de escalada seja real, acreditamos que também há uma via distinta para chegar a uma cessação das hostilidades e uma solução duradoura que faça as pessoas de ambos os lados da fronteira se sentirem seguras”, disse a repórteres no estado de Delaware, EUA.