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Ataque de Israel em Gaza mata filhos e netos de líder político do Hamas

Informação se dá em meio à escalada de bombardeios no enclave palestino durante feriado muçulmano Eid al-Fitr, que marca o fim do jejum do Ramadã

Por Da Redação
Atualizado em 10 abr 2024, 14h57 - Publicado em 10 abr 2024, 14h54

Um ataque israelense no norte de Gaza matou nesta quarta-feira, 10, três filhos e três netos de Ismail Haniyeh, um líder político do grupo militante palestino Hamas. A informação se dá em meio à escalada de bombardeios no enclave palestino durante o feriado muçulmano Eid al-Fitr, que marca o fim do jejum do Ramadã. Haniey, que vive no Catar, afirmou que eles foram atacado quando visitavam parentes na data comemorativa no campo de refugiados de Shati.

Os filhos do líder, Hazem, Amir e Mohamed, e os netos, Emel, Khalid e Razan, foram mortos durante um ataque aéreo de Israel que tinha como alvo um veículo, confirmou a agência de notícias Al Jazeera, que transmitiu as primeiras imagens do local do bombardeio com alguns corpos espalhados ao redor.

Atualmente, Haniyeh vive no exílio entre Istambul e Doha. Nascido em 1963 em um campo de refugiados de Shati, ele foi o primeiro-ministro do governo da Autoridade Palestina após a vitória de Hamas nas eleições legislativas em 2006, no entanto foi destituído do cargo pelo atual presidente, Mahmoud Abbas, em 2007.

“Através do sangue dos mártires e da dor dos feridos, criamos esperança, criamos o futuro, criamos independência e liberdade para o nosso povo e a nossa nação”, disse Haniyeh, acrescentando que cerca de 60 membros da sua família, incluindo sobrinhas, e sobrinhos, foram mortos desde o início da guerra.

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O líder do Hamas também lamentou a “brutalidade de Israel em Gaza”, enfatizando que os palestinos não vão recuar caso suas famílias e casas forem alvo de ataques. De acordo com ele, os militares israelenses são movido pelo “espírito de vingança”, “de assassinato e derramamento de sangue”, não respeitando leis.

“Vimos isso violar tudo na terra de Gaza. Há uma guerra de limpeza étnica e genocídio. Há deslocamento em massa”, acrescentou.

De acordo com ele, o bombardeio que matou sua família é uma prova de “fracasso” de Israel, e acrescentou que as mortes não iriam mudar o posicionamento do grupo nas negociações indiretas de cessar-fogo que estão em curso. Para Haniyeh, não há debate em relação as suas exigências de negociações de trégua permanente e o regresso dos palestinos deslocados ao seu território.

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Conversas de cessar-fogo

Atualmente, os Estados Unidos têm apelado para que o Hamas aceite um cessar-fogo temporário que resultaria no aumento de ajuda humanitária em Gaza. O acordo incluiria também a libertação de reféns israelenses em Gaza e a libertação de palestinos detidos em Israel. No entanto, o gabinete de comunicação do governo palestino culpabilizou os EUA e a comunidade internacional pela continuação dos “massacres”.

“Consideramos a administração dos EUA, a comunidade internacional e a ocupação israelense totalmente responsáveis ​​pela continuação dos massacres e crimes que estão a ser cometidos como parte da guerra de extermínio e limpeza étnica contra civis, mulheres, crianças e pessoas deslocadas”, comunicaram.

Nesta segunda-feira, 08, uma autoridade do Hamas afirmou que a nova rodada de negociações em Cairo, Egito, não quebrou o impasse com Israel, afirmando que não houve progresso. Entretanto, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que a nova rodada de conversas é o ponto o mais próximo que ambas partes chegaram de um acordo desde a trégua que ocorreu em novembro.

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