Pelo menos 31 pessoas, entre as quais 22 crianças e quatro mulheres, foram mortas no Iêmen por ataque aéreo da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita. As vítimas tentavam escapar em comboio das combate do Iêmen, informou nesta sexta-feira 24 a Organização das Nações Unidas (ONU).
Outras quatro crianças já tinham sida mortas na quinta-feira em consequência de bombardeios da coalizão saudita na região de Al-Durayhimi, ao sul da cidade rebelde de Hodeida, denunciou Mark Lowcock, subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários.
As vítimas dos bombardeios de hoje estavam próximas de um campo para pessoas deslocadas de suas casas, segundo a rede de televisão Al Jazeera.
No último dia 9, um ônibus escolar foi atingido por um ataque de aviões da coalizão, matando quarenta crianças e onze adultos. Os garotos participavam de uma viagem de férias para comemorar sua formatura na escola.
Segundo as autoridades dos rebeldes houthis, que controlam a zona onde houve o ataque, ao menos 43 pessoas morreram, entre elas 29 crianças. A explosão também deixou 61 pessoas feridas, das quais trinta eram crianças.
A guerra no Iêmen já deixou mais de 10.000 mortos desde seu início, em março de 2015, e provocou a mais grave humanitária no mundo atualmente, segundo a ONU. Os rebeldes houtis, apoiados pelo Irã, tentam derrubar o governo do presidente, Abdrabbuh Mansur Hadi, a quem não reconhecem como legítimo.
Líder da coalizão militar que apoia Hadi, a Arábia Saudita e seus aliados têm sido acusados de bombardear áreas de concentração de civis. Uma das mais atacadas é a do porto de Hodeida, a principal porta de chegada de alimentos e ajuda humanitária no país e destino inevitável de boa parte da população.