Um ataque aéreo americano na noite desta quinta-feira, 2, contra um aeroporto de Bagdá, no Iraque, matou Qasem Soleimani, general da Guarda Revolucionária Iraniana, segundo informações da televisão estatal iraquiana. O bombardeio também vitimou Abu Mehdi al-Muhandis, um dos líderes da milícia iraquiana pró-Irã Forças de Mobilização Popular.
Soleimani chefiava a unidade Quds, um dos braços de elite da guarda iraniana, e era um dos militares mais poderosos do país.
Minutos depois do ataque, os Estados Unidos assumiram a autoria da ação. Em nota, o Pentágono afirmou que, sob a direção do presidente Donald Trump, “as forças militares tomaram a decisão por uma ação defensiva de proteger os americanos no exterior ao matar Qassem Soleimani”.
O comunicado acusa o general de estar por trás de ataques que resultaram na morte de centenas de americanos e aliados, incluindo o lançamento de foguete que vitimou um civil americano no Iraque na semana passada e a invasão da embaixada americana em Bagdá. O Pentágono ressalta que o bombardeio busca “deter futuros planos de ataque iranianos”.
No Twitter, Trump postou uma imagem da bandeira dos Estados Unidos minutos depois da ação.
A morte de Soleimani deve aumentar ainda mais a tensão entre Irã, Iraque e Estados Unidos. Na terça-feira, militantes pró-Irã invadiram uma parte da embaixada americana em Bagdá em represália a ataques aéreos dos EUA que deixaram 25 integrantes das milícias paramilitares mortos.