Assassinato em bairro rico de Manhattan escancara problema com armas em NY
Mulher de 20 anos foi morta enquanto empurrava um carrinho de bebê com seu filho; NY viu um aumento de 28% nos tiroteios na cidade desde 2019

Uma mulher de 20 anos foi morta a tiros na noite de quarta-feira 29, enquanto empurrava seu filho de 3 meses em um carrinho no Upper East Side, um dos bairros mais ricos de Manhattan, em Nova York. O atirador, que usava um moletom preto com capuz, não foi identificado. Este é o episódio mais recente de uma onda de violência com armas que tomou a cidade nos últimos anos.
A vítima estava na East 95th Street, perto da Lexington Avenue, por volta das 20h30, quando um assaltante atirou uma vez na cabeça dela a uma curta distância, segundo a polícia. Ela foi levada para o Metropolitan Hospital Center, onde foi declarada morta.
O fugiu para o leste da cidade – uma cena chocante em um quarteirão arborizado e povoado pelos famosos prédios brownstone (estruturas de arenito marrom), um parque e uma escola pública.
A criança saiu ilesa. Os policiais não identificaram a vítima e disseram que ainda não fizeram prisões.
O prefeito de Nova York, Eric Adams, disse que o assassinato foi outro exemplo do problema de violência com armas na cidade.
“Mais armas em nossa cidade significam mais vidas perdidas”, declarou Adams. “Isso significa mais bebês chorando enquanto aqueles que os amam estão mortos.”
Após um salto durante a pandemia, as taxas de tiroteio em Nova York começaram a diminuir, mas permanecem acima dos níveis pré-Covid. Até domingo, houve 624 tiroteios na cidade este ano, em comparação com 710 no mesmo período de 2021. Isso representa uma queda de 12% de um ano para o outro, mas ainda cerca de 28% a mais do que no mesmo período de 2019.
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A persistência da violência armada – particularmente em bairros pobres e da classe trabalhadora com grandes populações negras e latinas – aumentou a pressão sobre Adams. O fato de os jovens terem sido vítimas em alguns dos tiroteios deste ano só aumentou a urgência de resolver o problema.
No dia 19 de junho, por exemplo, um jogador de basquete universitário de 21 anos foi morto a tiros em uma popular área de piquenique no bairro Harlem. Outras oito pessoas ficaram feridas na ocasião. Em maio, uma menina de 11 anos foi morta devido a uma bala perdida no Bronx. Em março, um menino de 12 anos também foi atingido e por uma bala enquanto almoçando com sua família no Brooklyn.
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No Upper East Side, no entanto, as estatísticas da polícia mostram que o bairro, área supervisionada pela 19ª Delegacia, geralmente é seguro. O fato de que a violência está transbordando das áreas mais pobres para as mais ricas pode colocar ainda mais pressão sobre o problema das armas – e sobre o prefeito de Nova York.