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Ex-policial, democrata será 2º prefeito negro da história de Nova York

Eric Adams tomará posse em janeiro e terá como desafio a recuperação pós-pandemia da maior cidade dos EUA

Por Da Redação Atualizado em 3 nov 2021, 19h17 - Publicado em 3 nov 2021, 19h16

O democrata Eric Adams, que se tornou policial para combater o racismo que sofreu quando era um jovem infrator, será o segundo negro a comandar Nova York, a maior cidade dos Estados Unidos, ainda abalada pela pandemia de Covid-19.

Considerado o grande favorito, o político de 61 anos venceu na terça-feira 2 o republicano Curtis Sliwa, um apresentador de talk show de 67 anos. A disputa tendia mais ao lado democrata à medida que o partido conta com mais de 3 milhões de eleitores registrados, contra cerca de 500.000 republicanos.

O ex-policial, que representa a ala moderada e mais tradicional de seu partido, é vegano, vem de uma família pobre do Brooklyn e se apresenta como defensor das classes mais populares, enquanto se coloca junto aos empresários, sobretudo os pequenos.

Adams terá a missão de montar uma equipe para lidar com a burocracia municipal com um orçamento de quase 100 bilhões de dólares, e uma possível dívida de 5 bilhões, e terá sobretudo desafios para recuperação da cidade em um momento tenso.

Epicentro da pandemia nos EUA, a vida na cidade, acostumada com turismo o ano todo, ainda não voltou completamente ao normal e, embora quase 80% dos adultos estejam vacinados, muitos trabalhadores ainda não retornaram aos escritórios.

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A Broadway, por exemplo, injetou nos cofres da cidade cerca de 14,7 bilhões de dólares antes da pandemia. O valor já foi praticamente limado pelo fechamento no ano passado, causando demissões em massa entre artistas e prejuízos em setores secundários, ligados ao turismo.

Junto a isso, Adams terá que lidar com crises que se apresentam em outras frentesdesde a de segurança à crise econômica, passando pela falta de moradia, ao aumento de pessoas que ficaram sem teto ou que poderiam ser despejadas já no próximo ano por falta de pagamento de aluguel ou hipoteca.

“Como avançamos com nossa cidade? Vou construir pontes, e não derrubá-las”, disse Adams à rede MSNBC nesta quarta-feira.

Em julho, o então governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, declarou estado de emergência por conta do aumento da violência com armas de fogo. Segundo dados oficiais, nos primeiros seis meses do ano foram registrados mais de 1.500 tiroteios só na cidade de Nova York, quase o dobro registrado em 2019.  

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Já em 2021, os números atingiram os níveis mais altos desde o início do século. Até o dia 4 de julho, 886 pessoas foram baleadas em 765 incidentes registrados, segundo dados da polícia. Ainda que o mês de junho tenha representado uma queda de 20% se comparado com o mesmo mês de 2020, o índice permanece superior ao de 2019.  

Com a confirmação das urnas, Adams, atual presidente do distrito do Brooklyn, tomará posse em janeiro e será apenas o segundo prefeito negro da história da metrópole — o primeiro foi David Dinkins, de 1990 a 1993. Ele substituirá o também democrata Bill de Blasio, que está há oito anos no cargo. 

Adams chegou à corrida presidencial depois de vencer as primárias democratas de junho, na qual levou a melhor sobre a ala mais progressista do partido, que nos últimos anos vinha ganhando força em Nova York com políticos como os congressistas Alexandria Ocasio-Cortez e Jamaal Bowman.

O veterano político, senador estadual de 2006 a 2013 e presidente do distrito do Brooklyn desde 2014, tinha como plataforma de campanha o combate a problemas de segurança e procurava se identificar com o eleitor comum, insistindo em suas humildes origens.

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