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Nova York declara emergência por violência com armas

Durante o Dia da Independência, em 4 de julho, 51 pessoas foram baleadas em todo o estado

Por Da Redação Atualizado em 7 jul 2021, 12h01 - Publicado em 7 jul 2021, 11h54

O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, declarou estado de emergência na terça-feira, 6, por conta do aumento da violência com armas de fogo. Além da declaração, foi anunciado um pacote de 139 milhões de dólares destinados a conter a escalada da violência, principalmente após o feriado de 4 de julho.  

Durante o dia da independência dos Estados Unidos, 51 pessoas foram baleadas em todo o estado, sendo 26 apenas na cidade de Nova York. Para efeitos de comparação, 13 pessoas morreram de Covid-19 no mesmo período. Com a declaração do estado de emergência, as forças policiais terão mais autonomia para captar recursos de forma rápida, além de fornecer fundos para esforços comunitários de maneira a prevenir e reagir aos tiroteios. 

Cuomo acrescentou que uma das prioridades é chegar aos locais de origem da violência, de maneira a estimular positivamente os jovens em situação vulnerável. Para ele, é fundamental retirar as armas ilegais das ruas e restaurar a relação entre a política e a comunidade.

Segundo dados oficiais, nos primeiros seis meses do ano foram registrados mais de 1.500 tiroteios na cidade de Nova York, quase o dobro registrado em 2019.  

Já em 2021, os números atingiram os níveis mais altos desde o início do século. Até o dia 4 de julho, 886 pessoas foram baleadas em 765 incidentes registrados, segundo dados da polícia. Ainda que o mês de junho tenha representado uma queda de 20% se comparado com o mesmo mês de 2020, o índice permanece superior ao de 2019.  

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Outra questão fundamental para o plano do governador é a desigualdade. Em nível nacional, 59% das vítimas das armas de fogo são pessoas não brancas. No estado e na cidade de Nova York, essa porcentagem é ainda mais alta: 68% e 77%, respectivamente.

Segundo Cuomo, jovens de comunidades negras e latinas tem de três a dez vezes mais chances de sofrerem com a violência por armas de fogo.  

“Isso é sobre salvar vidas, e Nova York depende disso. As pessoas não voltarão para essa cidade e para nenhuma outra até que se sintam seguras. (…) Temos de quebrar o círculo da escalada da violência. A solução é uma estratégia preventiva integral baseada na comunidade, para que os jovens não recorram a esta situação”, disse em entrevista à imprensa.

Mais da metade do dinheiro investido será direcionado à criação de mais de 21.000 empregos e outras atividades para os jovens que estão em situação de risco ou já inseridos na violência armada.  

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O plano do governador tem como objetivo exigir da Divisão de Serviços de Justiça Criminal do estado a coleta de dados sobre armas de fogo dos departamentos de polícia locais de maneira semanal, e não mensal. A agência irá então repassar as informações para um novo departamento que será criado na Secretaria de Saúde, que por sua vez irá direcionar recursos para as áreas onde houver aumento na violência.  

Além disso, o plano prevê a criação de uma unidade de polícia destinada a interceptar a chegada de armas ilegais na fronteira do estado, juntamente com a expansão de um modelo já existente em um hospital da região do Bronx, no qual mediadores estimulam vítimas de armas de fogo a não cometerem retaliações. 

A decisão de Cuomo não é uma novidade no país. Com a pandemia do novo coronavírus cada vez mais controlada, os governos federal, estadual e local estão começando a mudar o foco para a questão da escalada da violência nos EUA. O presidente Joe Biden já havia proposto o investimento de 5 bilhões de dólares na prevenção da violência em regiões perigosas e disse que forças de ataque seriam enviados por todo o país para enfrentar os traficantes de armas.  

Ao mesmo tempo, o prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, juntamente com a Câmara Municipal, aprovou um investimento de 200 milhões de dólares para o Departamento de Polícia, principalmente para o pagamento de horas extras aos policiais, além de 100 milhões para programas antiviolência.  

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Após o anúncio, o governador assinou ainda uma legislação que tem como objetivo permitir que vítimas da violência armada possam processar fabricantes de armas de fogo, além de uma medida que proíbe a venda do artefato a pessoas com mandados criminais ativos. 

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