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Arábia Saudita: armas usadas em ataques a refinarias eram do Irã

Bombardeio reivindicado pelos rebeldes houthis compromete metade da capacidade saudita de refino de petróleo; Teerã nega responsabilidade

Por Da Redação
16 set 2019, 17h36

A coalização liderada pela Arábia Saudita declarou nesta segunda-feira, 16, que as armas utilizadas para danificar as refinarias sauditas e comprometer cerca de 5% da produção de petróleo no mundo são de origem iranianas. Os Estados Unidos já haviam responsabilizado o Irã pelos ataques, com base em fotos de satélites e dados de inteligência. O Irã continua a negar.

“A investigação continua, e todas as indicações mostram que as armas usadas provêm do Irã“, declarou à imprensa o porta-voz da coalizão, o coronel saudita Turki Maliki, em Riad, capital do reino saudita.

Maliki acrescentou que Riad ainda investiga a origem dos disparos realizados contra as instalações de refino sauditas. As autoridades do Kuwait também abriram uma investigação. Segundo versões locais, um drone teria invadido seu espaço aéreo no sábado 14, mesmo dia do ataque à Arábia Saudita, e sobrevoado o palácio do Emir.

A autoria foi reivindicada pelos rebeldes houthis que, com apoio iraniano, lutam no Iêmen contra o governo sunita local e a coalizão encabeçada pela Arábia Saudita. “Temos o braço longo, e ele pode alcançar qualquer lugar, a qualquer momento”, advertiu o porta-voz militar do grupo, Yahiya Saree, dirigindo-se ao “regime saudita”.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, considerou não haver provas de que esse “ataque sem precedentes contra o abastecimento energético mundial” tenha origem no Iêmen. Teerã rebateu, julgando essas acusações “sem sentido” e “incompreensíveis”, segundo o porta-voz do Ministério iraniano das Relações Exteriores, Abas Musavi.

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Após os ataques, a capacidade de refino de petróleo saudita caiu para 5,7 milhões de barris de petróleo por dia, cerca de metade do que antes era produzido pela Arábia Saudita. Como consequência, o preço internacional do barril de petróleo registrou alta de 19%,  chegando a 71 dólares por barril.

Devido os ataques, as autoridades sauditas estudam a possibilidade de adiar a entrada na Bolsa de Valores da Saudi Aramco, empresa de refino de petróleo que foi alvo dos mísseis. “Estão tentando avaliar os danos. É uma possibilidade, mas ainda é muito cedo”, disse uma fonte familiar com o caso.

(Com AFP)

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