Após Reino Unido, Argentina aprova uso emergencial da vacina de Oxford
A agência reguladora do país afirma que o produto possui risco-benefício "aceitável"
A Argentina aprovou nesta quarta-feira, 30, a autorização de emergência para a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford, horas após a sua aprovação no Reino Unido.
A agência reguladora do país afirma que o produto possui risco-benefício “aceitável”. Essa é a terceira vacina contra a Covid-19 autorizada na Argentina para uso emergencial. Na última semana, a agência deu aval para uso emergencial do imunizante da Pfizer e da Sputnik V.
O país começou a vacinação com o imunizante russo nesta terça-feira 29. A cidade de Buenos Aires recebeu mais de 23.000 doses das 300.000 recebidas pelo governo até agora. As outras foram divididas entre Santa Fé, Córdoba, Tucumán, Mendoza, Entre Ríos e Salta.
Argentina e México têm acordo para produzir a vacina Oxford/AstraZeneca e distribuí-la na América Latina. O governo de Alberto Fernández contempla adquirir 51 milhões de doses de diferentes vacinas.
O país, de 44 milhões de habitantes, soma 1,6 milhões de infectados e mais de 43 mil mortos.
A vacina de Oxford é considerada um imunizante mais barato (é vendida no Reino Unido por menos de duas libras por dose, o equivalente hoje a 14 reais) e de mais fácil armazenamento (resiste a temperaturas de geladeira comum) do que as concorrentes da Pfizer e da Moderna.
A notícia de autorização emergencial nos dois países é importante também para o governo brasileiro porque o antígeno, quando aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), será a base do programa no Brasil. De acordo com a Fiocruz, que vai fabricar o produto no país, o pedido de registro à Anvisa deve ser protocolado até o dia 15 de janeiro.