Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Após Peru proibir Evo de entrar no país, novos protestos deixam 17 mortos

Governo peruano diz que ex-presidente boliviano é 'ameaça à segurança nacional'; total de mortos após um mês de protestos anti-governo chegou a 40

Por Da Redação
Atualizado em 10 jan 2023, 12h01 - Publicado em 10 jan 2023, 08h57

Perto do aeroporto da cidade de Juliaca, na região sul de Puno, no Peru, manifestantes antigoverno entraram em confronto com a polícia nesta segunda-feira 9 e pelo menos 17 pessoas foram mortas. Após uma curta pausa nos eventos violentos em protestos, o incidente eleva o número total de mortos para quase 40, um mês após o início do movimento devido à deposição e prisão do ex-presidente Pedro Castillo.

Imagens que circulam nas redes sociais mostraram pessoas com ferimentos de balas e nuvens de fumaça pairando entre os manifestantes, enquanto jogavam pedras com estilingues contra a polícia e usavam placas de metal como escudos.

+ Peru expulsa embaixador do México por apoiar ex-presidente Castillo

Os crescentes protestos pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte, que era vice de Castillo, o fechamento do Congresso e a libertação do ex-presidente da prisão. Boluarte substituiu o antecessor depois que ele tentou dar um autogolpe, fechando o Congresso e governand0 por decreto, em 7 de dezembro.

Castillo está cumprindo prisão preventiva por 18 meses, acusado de rebelião e liderança de organização criminosa.

Continua após a publicidade

Também na segunda-feira, o primeiro-ministro do Peru, Alberto Otárola, defendeu a resposta das forças de segurança, dizendo que “não cessaremos nossa defesa do estado de direito”. Ele afirmou que grupos violentos financiados por “interesses estrangeiros e o dinheiro negro do narcotráfico” estavam tentando “destruir o país”.

Pouco antes da escalada da violência, o governo peruano decidiu proibir a entrada do ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, no país, culpando-o pela crise política em que Lima se encontra. A Superintendência Nacional de Migrações decretou, na segunda-feira, o bloqueio a Morales e outros oito bolivianos.

+ Governantes esquerdistas tentam esconder a bobagem que Castillo cometeu

O documento alega que os bolivianos “entram no país para realizar atividades de caráter político proselitista, o que constitui uma clara afetação à nossa legislação migratória, à segurança nacional e à ordem interna do Peru”.

Continua após a publicidade

Recentemente, soube-se que 12 agentes políticos do ex-presidente boliviano visitaram o Peru quase trinta vezes entre 2021 e 2022. Entre eles estão membros do partido de Morales, o Movimiento al Socialismo (MAS), deputados e ex-funcionários de seu governo e homens de sua confiança.

+ Presidente do Peru pede eleições antecipadas após mortes em protestos

A direita peruana comemorou a decisão. Já a esquerda considera que o veto é arbitrário e serve apenas para colocar mais lenha na fogueira. Anahí Durand, ex-Ministra da Mulher, declarou: “Evo Morales é uma figura crucial na América Latina, mas culpá-lo por estar por trás dos protestos e impedir sua entrada no Peru é um absurdo que mostra a ignorância e o desprezo do regime de Boluarte por sua própria Cidade. Fique atento à mobilização e não procure culpados externos”.

O primeiro-ministro Alberto Otárola, que junto com Dina Boluarte e outros ministros está sendo investigado pela Procuradoria pela morte de 28 cidadãos durante os protestos de dezembro, reforçou sua rejeição a Morales: “Ele não voltará a entrar em nosso Peru”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.