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Após massacre de El Paso, Walmart decide restringir venda de armas

Empresa vai parar a comercialização somente depois de zerado seu estoque e manterá oferta de equipamentos de caça

Por Da Redação
Atualizado em 3 set 2019, 19h36 - Publicado em 3 set 2019, 18h53

A rede americana de supermercados Walmart anunciou nesta segunda-feira, 3, que não venderá mais armas e munições em suas lojas, focando-se somente em itens para caça e tiro esportivo. A nova política da empresa foi adotada um mês depois de dois ataques contra duas de suas lojas nos Estados Unidos.

O primeiro ataque foi em Southaven, no Mississippi, e causou a morte de duas pessoas. O segundo, na cidade de El Paso, Texas, resultou em 22 mortos e 24 feridos. Em vários dos massacres anteriores, os atiradores compraram armas e/ou munições em lojas Walmart.

Segundo  levantamento do jornal americano The Washington Post, mais de 1.200 pessoas foram assassinadas nos Estados Unidos por atiradores desde 1966.

“Nós escutamos muitas pessoas de dentro e de fora da companhia enquanto deliberávamos sobre o nosso papel em ajudar a tornar o nosso país um lugar mais seguro. Está claro para nós que o status quo é inaceitável”, disse em comunicado o CEO, Doug McMillion.

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A rede irá parar de vender as munições usadas em equipamentos de caça que também se adequam a armas de estilo militar, como o fuzil AR-15, além de pistolas e revólveres assim que  zerar todo seu estoque. Ou seja, por um período ainda não definido, as vendas continuarão.

O Wallmart continuará a vender espingardas e munições especificas para caça e o tiro esportivo, que eventualmente podem servir para futuros massacres, além de assessórios e vestuário.

Proibido entrar armado

Outra ação que a empresa tomou foi a de incentivar seus fregueses a não entrarem nas lojas portando armas, mesmo em estados onde o porte é liberado. “Estamos pedindo respeitosamente para nossos clientes que não entrem nas nossas lojas carregando armas”, afirmou Doug.

A decisão da empresa em limitar suas vendas de armas vem na esteira das declarações do presidente americano, Donald Trump, que somente depois do massacre de El Paso mudou seu discurso e passou a contrariar parcialmente o forte lobby armamentista nos Estados Unidos.

No comunicado do Walmart, Doug pede que os “líderes da nação” avancem e imponham rigor nas políticas públicas sobre as armas para melhorar o sistema de checagens de antecedentes dos potenciais compradores e para retirar as armas daqueles que são um “perigo iminente”.

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Nos Estados Unidos, o direito à compra de armas está determinado pela segunda emenda da Constituição, da época da Guerra de Independência, no século XVIII. Entretanto, diversos Estados aprovaram leis para limitar o tipo de arma disponível para a venda e regular o porte.

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