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Após invasão à Ucrânia, EUA anunciam envio de mais tropas para Europa

Biden afirmou que militares não irão se envolver no conflito entre Moscou e Kiev, e sim fornecer apoio para aliados da Otan na região

Por Redação Atualizado em 24 fev 2022, 17h51 - Publicado em 24 fev 2022, 17h50

O governo dos Estados Unidos ordenou nesta quinta-feira, 24, o envio de 7.000 militares americanos para a Alemanha, após a invasão da Rússia à Ucrânia durante a madrugada, declarou um oficial da Defesa à rede CNN. 

A declaração do oficial foi feita após o presidente americano, Joe Biden, afirmar ter dado autorização para o envio de forças terrestres e aéreas já alocadas na Europa para a Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Romênia, países do leste europeu próximos à Rússia e à Ucrânia. 

O líder americano autorizou também o envio de “capacidades adicionais de forças dos Estados Unidos” à Alemanha como parte da resposta da Otan, incluindo algumas tropas que foram colocadas em espera há semanas.

No começo do mês, militares americanos já haviam desembarcado na Alemanha para reforçar a presença da Otan. Ao todo, há cerca de 90.000 soldados americanos na Europa.

“Isso inclui uma equipe de combate de brigada blindada que será enviada à Alemanha para tranquilizar os aliados da Aliança, impedir a agressão russa e se preparar para uma série de requisitos na região. Esperamos que eles partam nos próximos dias”, disse o funcionário.

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Em discurso na Casa Branca, Biden reiterou que as forças americanas não estão se deslocando para o leste europeu para se envolver no conflito militar com a Rússia, mas sim fornecer suporte e tranquilizar os membros da Otan na região.

“Embora tenhamos fornecido mais de 650 milhões de dólares em assistência defensiva à Ucrânia, nossas forças não estão e não estarão envolvidas no conflito, elas não vão à Europa para lutar. Como deixei claro, os Estados Unidos irão defender cada centímetro do território da Otan com toda a força do poder americano”, disse.

Durante a madrugada desta quinta-feira, forças russas invadiram a Ucrânia por terra, mar e ar concretizando os temores do Ocidente com o maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a II Guerra Mundial. Mísseis russos foram lançados contra cidades ucranianas e Kiev relatou tropas entrando em suas fronteiras nas regiões de Chernihiv, Kharkiv e Luhansk, e chegando via mar nas cidades portuárias de Odessa e Mariupol, ao sul do país.

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Pouco depois, as principais potências do mundo se posicionaram. A Organização do Tratado do Atlântico Norte, principal aliança militar ocidental, afirmou que irá fortalecer suas forças no leste ucraniano, após o “terrível ataque” ao país. Em nota, a aliança disse que irá enviar forças defensivas terrestres e aéreas, já aumentando a prontidão de forças.

“As ações da Rússia apresentam uma séria ameaça à segurança Euro-Atlântica, e terão consequências geoestratégicas. A Otan continuará tomando todas as medidas necessárias para garantir a segurança e defesa de nossos aliados”, afirmou em comunicado.

Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu “enfraquecer a economia da Rússia e sua capacidade de modernização” após o “ataque bárbaro”.

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Apesar de represálias, incluindo na forma de sanções econômicas, o governo russo já vinha aproveitando o momento para colocar ainda mais  pressão sobre a Ucrânia e o presidente Volodymyr Zelensky, afirmando que a melhor solução para acabar com a crise seria o país desistir de entrar na Otan, principal aliança militar ocidental e grande ponto de atrito entre a Rússia e o Ocidente. 

Na segunda-feira, Moscou reconheceu a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, que formam Donbas. Poucas horas depois, Putin anunciou a publicação de um decreto ordenando que o Ministério da Defesa envie tropas para “funções de manutenção da paz” para as repúblicas autoproclamadas. 

Segundo Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. De acordo com ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

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A aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos trinta aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

Em fala na terça-feira, Putin também fez menção também aos Acordos de Minsk, negociados em 2015, sob mediação da Alemanha e França, para um cessar-fogo nas duas regiões, que teriam em troca autonomia administrativa. Segundo ele, não há mais nada para ser cumprido e culpa o governo da Ucrânia pelo fracasso do acordo. 

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