A queda do ex-estrategista da Casa Branca Steve Bannon foi a grande piada dos talk shows de comédia americanos. Bannon se demitiu como chairman do portal de notícias de extrema direita Breitbart News, onde trabalhava desde 2012, na terça-feira. A decisão foi tomada depois que ele atraiu a ira do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelos comentários nos quais critica o filho mais velho de Trump.
Antes disso, em agosto do ano passado, foi afastado oficialmente de seu cargo de estrategista-chefe da Casa Branca por Trump. Bannon era considerado um dos mais controversos assessores de Trump por seus vínculos com a extrema direita. Muitos o acusam de envolvimento em movimentos nacionalistas brancos e de ter posições antissemitas.
Em seu programa Late Night, o comediante e apresentador Seth Meyers zombou da saída do ex-assessor do Breitbart News. “Então, ele está desempregado. Eu acho que, durante todo esse tempo, ele realmente estava se vestindo para o trabalho que ele queria”, brincou, sobre a aparência e forma de se vestir de Bannon.
O The Late Show também fez piada sobre o assunto. “Bannon agora perdeu sua alta posição na Casa Branca, seu bilionário benfeitor, sua base (eleitoral) e agora seu trabalho”, afirmou o apresentador Stephen Colbert.
Já no The Daily Show, o comediante Trevor Noah escolheu usar um tom mais sarcástico para falar sobre a relação de Bannon com a extrema direita. “Este pobre rapaz. Imagine, no ano passado ele estava saindo com nazistas e acusando molestadores de crianças, e agora ele parece apenas um perdedor “, disse.
Declarações sobre Trump Jr.
Bannon iniciou um incêndio na semana passada, com a divulgação de trechos de um livro do jornalista Michael Wolff em que diz que Donald Trump Jr. cometeu “traição” e um “ato antipatriótico” ao se reunir com uma advogada russa durante a campanha eleitoral de 2016.
Porém, logo após o lançamento da obra, voltou atrás e pediu desculpas pelas declarações. O ex-assessor disse em comunicado divulgado no último domingo que seus comentários eram direcionados a Paul Manafort, ex-gerente de campanha de Trump, e não ao filho do presidente. Bannon afirmou também que Trump Jr. “é um patriota e um bom homem” e tem sido “implacável na defesa pelo pai”.