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Após ciberataque, internet da Coreia do Norte tem ‘apagão’

Falha ocorre dias depois de Barack Obama afirmar que Estados Unidos dariam 'resposta proporcional' a ciberataque contra estúdios Sony

Por Da Redação
22 dez 2014, 23h25
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  • Após dias de instabilidade, a Coreia do Norte enfrentou nesta segunda-feira uma interrupção no serviço de internet, no que especialistas da área descrevem como uma das piores falhas na rede do país em anos. A queda no serviço ocorre dias depois de Barack Obama afirmar que os Estados Unidos dariam uma “resposta proporcional” ao ciberataque no sistema do estúdio Sony, que o FBI ligou a Pyongyang. Nesta segunda-feira, a Coreia do Norte fez ameaças a Washington, ameaçou destruir a Casa Branca e o Pentágono e falou em ‘guerra cibernética’.

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    Na semana passada, o presidente americano afirmou que os Estados Unidos responderiam ao ciberataque ao estúdio Sony “no lugar, na hora e do jeito que quiser”, mas não deu detalhes sobre como seria a resposta. Integrantes do governo americano não fizeram comentários sobre qualquer envolvimento dos EUA na falha e a porta-voz do Departamento de Estado Marie Harf limitou-se a dizer que não discutiria “detalhes operacionais sobre as possíveis opções de resposta”, acrescentando que algumas respostas “serão visíveis e outras talvez não”.

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    A perda de serviço de internet não afeta a grande maioria da população norte-coreana, que já não tem acesso ao serviço. O maior impacto seria sentido pela elite do país, pelos meios de comunicação estatais e também pelos hackers. “Nas últimas 24 horas a conexão da Coreia do Norte com o mundo exterior foi progressivamente sendo reduzida até eles ficarem totalmente offline”, afirmou Doug Madory, especialista de uma companhia de análise de internet.

    O jornal The Washington Post enumerou possíveis causas para o apagão: “Foi uma ação de hackers guerrilheiros, sob a bandeira do Anonymous? Uma retaliação dos Estados Unidos? Uma traição da China, principal aliado e guardião da web na Coreia do Norte? Ou apenas um problema técnico ou manobra defensiva do próprio reino eremita?”

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    A Coreia do Norte tem oficialmente pouco mais de 1.000 endereços de internet, em comparação com bilhões de endereços existentes nos Estados Unidos, informou o jornal The New York Times. Os endereços norte-coreanos são gerenciados por um provedor estatal, e passam por roteadores da companhia estatal de telecomunicações da China – o que levou alguns especialistas a especularem sobre a ação de hackers chineses. A China poderia ter visto o ciberataque contra a Sony Pictores como uma ação não autorizada do aliado ou sentido que os problemas causados aos Estados Unidos e Japão eram muito significativos para serem ignorados.

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    Mas, se o apagão teve origem nos Estados Unidos – o que pode nunca ser admitido -, trata-se de um raro esforço do país para atacar as conexões de internet de um país, ressaltou o NYT. Até agora, a maior parte das operações americanas foram voltadas para a ciberespionagem, coleta de informações de defesa ou comunicação entre suspeitos de terrorismo.

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    O ataque aos computadores da empresa resultou no vazamento de filmes inéditos, dados e e-mails sigilosos. A Coreia do Norte nega ter participação no caso, mas elogiou o ataque, depois de meses condenando uma comédia produzida pelo estúdio, A Entrevista, que faz uma sátira sobre um plano para assassinar Kim Jong-un. A Sony acabou cancelando o lançamento do filme.

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