O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reuniu-se nesta quinta-feira (3) na sede do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, em Pyongyang, com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, a quem felicitou pela sua recente aproximação com a Coreia do Sul, informou o Ministério.
“A China apoia a bem-sucedida reunião entre os líderes das duas Coreias e a Declaração de Panmunjom, que marcará uma época”, destacou o ministro chinês, em seu encontro com Kim, referindo-se às conversas entre o líder norte-coreano e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, na última sexta-feira.
O chanceler chinês, promovido em março deste ano a conselheiro de Estado, afirmou que o encontro realizado na semana passada “criou uma oportunidade para resolver as questões da península coreana de forma política”.
Wang também acrescentou que a China “apoia o fim do estado de guerra na península”, referindo-se ao fato de que o conflito da década de 1950, no qual Pequim e Pyongyang foram aliados, terminou em um armistício e não em um tratado de paz.
“Apoiamos que a Coreia do Norte tenha foco na construção econômica”, afirmou o ministro chinês, que também argumentou que, no meio da atual virada diplomática, Pyongyang está levando em conta “as justas preocupações (do regime norte-coreano) com sua segurança”.
O Ministério insistiu que “as positivas mudanças na península fazem sentido e favorecem a resolução pacífica do problema da região”. “A República Popular Democrática da Coreia quer, através da recuperação do diálogo e a construção de confiança mútua, eliminar as raízes das ameaças à paz da península”, acrescentou Kim, segundo a nota oficial chinesa.
A visita de Wang à Coreia do Norte, a primeira em 11 anos, acontece em um momento de abertura diplomática do regime de Kim, que teve início no final de março, com uma visita secreta do líder norte-coreano a Pequim, onde se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, depois de anos de tensas relações entre dois países.
(Com EFE)