A falta de familiaridade com a nobreza britânica não causa embaraços apenas ao governante brasileiro, que tratou Elizabeth II como queen no final de janeiro. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descuidou-se do idioma herdado por seu país da Inglaterra nesta quinta-feira, 13, ao chamar o filho da soberana, Charles, de Prince of Whales. Em bom português, Trump chamou herdeiro do trono britânico de príncipe das baleias.
O presidente americano certamente sabe que Charles é o príncipe de Gales – em inglês, Prince of Wales, região no sudoeste da Inglaterra cuja capital é Cardiff. Mas, ao gabar-se de “encontrar e conversar com ‘governos estrangeiros’ todos os dias”, dera como exemplo suas reuniões recentes “com a rainha da Inglaterra (Reino Unido), o Príncipe das Baleias” e outros líderes.
“Nós conversamos sobre tudo”, assinalou.
O erro de seu post no Twitter foi consertado logo em seguida. Mas houve tempo suficiente para deixar um rastro de comentários debochados. “Príncipe de Gales? Príncipe do Pranto (wail, em inglês)? Já ligou o corretor ortográfico?”, afirmou uma seguidora do perfil de Trump.
Outro seguidor perguntou se Trump tinha também se encontrado com “Moby Dick”, a célebre cachalote vingativa do romance de Herman Melville. “Como se parece?”, provocou. Houve quem tivesse copiado a versão original, para assegurar que a piada não morresse com a inevitável correção ortográfica e também quem se lembrasse de outro recente equívoco do presidente americano no Twitter, na semana passada, quando afirmou ser a Lua parte de Marte.
Bolsonaro também cometera uma gafe ao agradecer uma mensagem de Elizabeth II e do príncipe Philip sobre a tragédia de Brumadinho (MG). O presidente brasileiro resolveu responder pelo Twitter, e em inglês e português. Não se deu conta de que tratamento para a rainha britânica não é simplesmente “rainha”, considerado rude e inadequado, mas “vossa majestade” ou “vossa alteza”.