O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, passará o dia da eleição nos Estados Unidos sem qualquer evento público na agenda, anunciou a Casa Branca nesta terça-feira, 5.
Sob pressão, o democrata abandonou a corrida em julho deste ano, cedendo lugar para que sua vice, Kamala Harris, assumisse o posto de candidata do partido e desse continuidade à campanha.
“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente”, escreveu Biden na carta em que anunciou desistência, publicada nas redes sociais. “E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me demita e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato.”
Longe dos holofotes, o líder americano acompanhará os resultados do pleito ao lado da primeira-dama Jill Biden, de “assessores de longa data e funcionários seniores da Casa Branca” na residência presidencial, disse uma autoridade à emissora americana ABC News. Por lá, o político de 81 anos “receberá atualizações regulares sobre a situação das corridas em todo o país”.
Na véspera à eleição, Biden ainda esteve envolvido em movimentações políticas. Ele telefonou para presidentes de partidos estaduais democratas ao redor do país, como Ben Wikler, de Wisconsin, um dos sete estados-pêndulo — entre eles, também estão Michigan, Pensilvânia, Geórgia, Nevada, Arizona e Carolina do Norte, onde as preferências partidárias se alternam e cujos Colégios Eleitorais, por conta disso, definirão a eleição.
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Cenário da eleição
As pesquisas de intenção de voto não mudaram do dia para a noite, e o cenário segue indefinido. Uma média nacional de pesquisas do jornal americano The New York Times mostra que os candidatos estão cabeça a cabeça: Kamala aparece com 49% das intenções de voto, enquanto Trump soma 48%. Mas uma análise geral das perspectivas trás boas notícias para Harris. Os principais levantamentos e agregadores ainda pintam uma corrida acirrada – porém, mais deles dão vitória a ela.
Uma postagem do Interactive Polls, uma conta independente no X que acompanha os dados de diferentes empresas de pesquisas, reuniu os resultados de dez das principais sondagens. Todos colocam a democrata à frente de Trump na corrida que mais importa, que é a dos votos por Colégio Eleitoral (nos Estados Unidos, cada estado ganha um número de votos, ou delegados, proporcional à sua população, que define o novo presidente).
Em contrapartida, as pesquisas já erraram – subestimando Trump na disputa contra Hillary Clinton em 2016, e depois subestimando o presidente Joe Biden em alguns estados indecisos na corrida de 2020. São 538 votos no Colégio Eleitoral. É necessária uma maioria simples (270 ou mais) para eleger o presidente e o vice-presidente.