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Americanos na Colômbia relatam sintomas da síndrome de Havana

Pelo menos cinco famílias associadas à embaixada em Bogotá apresentaram sintomas da misteriosa doença; investigação americana já está em andamento

Por Da Redação 13 out 2021, 14h18
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  • O presidente da Colômbia, Ivan Duque, disse nesta quarta-feira, 13, que seu governo tem conhecimento de casos de ‘síndrome de Havana’ na embaixada dos Estados Unidos em Bogotá, mas que deixará a investigação a cargo de Washington.

    Pelo menos cinco famílias associadas a membros da embaixada em Bogotá apresentaram sintomas ligados à misteriosa doença, que incluem náuseas, dores de cabeça e possíveis danos cerebrais. 

    “É claro que temos conhecimento do que está acontecendo, mas quero deixar isso para as autoridades americanas que já estão com uma investigação em andamento”, disse Duque a repórteres em Nova York, durante uma visita oficial aos Estados Unidos. 

    A embaixada americana na capital colombiana é uma das maiores do mundo e contém um grande número de diplomatas e agentes de inteligência trabalhando no controle antidrogas.

    A síndrome de Havana foi relatada pela primeira vez por diplomatas americanos em Cuba no ano de 2016 e há casos na China, Alemanha, Taiwan, Austrália e Áustria. Na última sexta-feira, o presidente americano, Joe Biden, assinou uma lei que fornece apoio financeiro às vítimas da doença. 

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    A Lei de Havana oferece compensação financeira a membros do Departamento de Estado e do Serviço de Inteligência que sofreram com lesões cerebrais causadas pela síndrome. Ainda sem explicação, cientistas acreditam que ela pode ser causada por radiação de microondas direcionadas. 

    Em relatório realizado em 2019 foram encontradas “anormalidades cerebrais” nos diplomatas que adoeceram e dá indicativos de que possa ser uma ação intencional, uma vez que se trata de uma exposição pulsada, e não contínua. Fontes anônimas do governo americano acreditam que o Departamento Central de Inteligência russo pode estar por trás dos casos, no entanto, o documento não aponta culpados e diz que “nenhuma hipótese foi provada e as circunstâncias permanecem não esclarecidas”.

    Em julho, mais de 20 casos da síndrome de Havana foram relatados em Viena, capital da Áustria. A cidade é um centro de negócios internacionais na Europa, com diplomatas estrangeiros trabalhando na ONU e em outras organizações internacionais.

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