O presidente Donald Trump assinou um documento nesta segunda-feira autorizando a Nasa a dar início às missões que retomam as viagens espaciais tripuladas americanas para a Lua e “futuramente, para Marte”. Astronautas dos Estados Unidos não pisam na Lua desde 1972, quando foi encerrado o programa Apollo, e desta vez, disse o chefe da Casa Branca em cerimônia, “não iremos apenas fincar uma bandeira e deixar para trás nossas pegadas”.
“O documento que assino vai focar o programa espacial americano na exploração humana e no descobrimento”, disse Trump, que estava acompanhado de astronautas aposentados e de seu vice, Mike Pence. A medida, de acordo com o presidente, é o primeiro passo rumo a “uma eventual missão para Marte e, talvez algum dia, para muitos outros mundos”.
A iniciativa, de acordo com Hogan Gidley, vice-porta-voz da Casa Branca, “vai mudar a nossa política de voos espaciais tripulados para auxiliar os Estados Unidos a se tornarem a força motriz da indústria espacial, adquirir novos conhecimentos sobre o cosmos e impulsionar tecnologias incríveis”. Apenas seis voos tripulados foram feitos para a Lua, todos eles coordenados pela Nasa. O último ocorreu em dezembro de 1972, parte da missão Apollo 17.
A agência espacial americana deve passar por mudanças em breve. Trump escolheu o congressista republicano Jim Bridenstine para dirigir a Nasa, mas ele ainda não foi confirmado para o cargo pelo Senado. A escolha do presidente foi criticada pelo senador democrata Bill Nelson, para quem a decisão sobre o posto “não deveria ser partidária”.