A polícia da Alemanha prendeu, nesta sexta-feira, 14, doze pessoas acusadas de fazerem parte de um grupo de extrema-direita. Os promotores federais encarregados do caso disseram que os quatro principais suspeitos planejavam desencadear “uma situação de guerra civil”, por meio dos atentados contra políticos, refugiados e muçulmanos.
Outros oito suspeitos teriam concordado em “apoiar financeiramente o grupo, fornecer armas ou participar de futuros ataques”. Entre os presos, está um membro da força policial alemã, anteriormente suspenso de ligações com a extrema-direita. Ainda não está claro se ele é um dos quatro principais acusados.
Segundo os policiais, o grupo foi fundado em setembro do ano passado e realizava reuniões regulares para planejar os ataques. Os encontros eram coordenados e organizados através de aplicativos de mensagens por dois dos principais suspeitos, nomeados apenas como Werner S e Tony E.
Em comunicado, os promotores disseram que o objetivo final do grupo era “abalar a ordem social e estadual na Alemanha e, no final, derrubá-la”.
Depois das prisões, policiais fortemente armados fizeram batidas em 13 locais, em seis estados alemães. O objetivo era determinar se os suspeitos já tinham armas ou outros equipamentos que poderiam ser usados em ataques.
Extrema-direita em ascensão
As autoridades alemãs aumentaram o policiamento focado em grupos de extrema-direita após o assassinato do deputado pró-imigração Walter Luebcke por um neonazista, em junho passado, e um ataque antissemita dois meses depois a uma sinagoga na cidade oriental de Halle durante o feriado do Yom Kippur.
O ministro do Interior, Horst Seehofer, anunciou em dezembro passado a criação de 600 novos postos na polícia federal e nos serviços de segurança doméstica para rastrear ameaças extremistas de extrema direita, citando um perigo crescente.
(Com AFP)