Neonazista de 27 anos é apontado como autor de ataque a sinagoga
Suspeito é classificado pelo Ministério do Interior como de extrema-direita e antissemita; imprensa o identifica como Stephan Balliet

O atirador que atacou uma sinagoga em Halles, ao sul de Berlim, na manhã desta quarta-feira, 9, foi identificado como Stephan Balliet, um alemão branco de 27 anos com propensões neonazistas e antissemitas, segundo o jornal alemão Bild. Balliet matou duas pessoas e feriu outras duas.
“Na opinião do Procurador-Geral da República, existem evidências suficientes para uma possível origem extremista da direita”, afirmou o ministro do Interior, Horst Seehofer, que preferiu não confirmar a identidade do atirador, mas informou que ele é branco e de 27 anos.
A identificação de Balliet foi possível depois de as imagens do ataque, que ele filmou de uma câmera fixada em seu capacete e transmitiu ao vivo, terem viralizado nas redes sociais. A atitude é similar à adotada por Brenton Tarrant, australiano responsável pelo ataque a duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, que matou 51 pessoas.
O vídeo mostra Balliet dizendo que os “judeus são as raízes de todos os problemas”, plantando explosivos na porta da sinagoga e jogando granadas na direção de um cemitério judaico. Antes de fugir, ele atirou contra uma mulher que passava na rua e a matou. Em seguida, roubou um táxi e atirou no motorista, que havia reagido ao assalto. Pouco depois, o suspeito aparece atirando múltiplas vezes contra dois homens em um restaurante árabe – um deles morreu.

A polícia até então trabalhava com a hipótese de haver vários atirados. Um dos suspeitos foi baleado e levado a um hospital, em estado grave, após uma troca de tiros com os policiais. Durante esta tarde, as autoridades descartaram essa hipótese e anunciaram para os moradores de Halles que era seguro sair às ruas. A estação de trens local, fechada deste o início do ataque, foi reaberta.
O gabinete da primeira-ministra, Angela Merkel, informou que ela enviou as “mais profundas condolências” para “os judeus da Alemanha neste feriado de Yom Kippur”, o Dia do Perdão no judaísmo. “Nossos agradecimentos às forças de segurança ainda destacadas”, completou.
Pelo Twitter, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ofereceu suas condolências às vítimas e disse que o ataque em Halles “é mais uma expressão do antissemitismo crescente na Europa”.
Nesta quarta-feira, os judeus celebram o Yom Kipur, o dia mais mais sagrado do calendário judaico. O feriado começou no pôr do sol da terça-feira e dura 24 horas. O dia é dedicado ao jejum, à oração e à reflexão, ao arrependimento e ao perdão.
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