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Alegações de fraude na eleição deslegitimam democracia dos EUA, diz Obama

Para ex-presidente, Joe Biden 'claramente ganhou' a disputa e apoio de republicanos às acusações de Trump leva a um 'caminho perigoso'

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 14h28 - Publicado em 13 nov 2020, 14h43

O ex-presidente americano Barack Obama afirmou que os republicanos estão minando a democracia dos Estados Unidos ao concordar com as alegações infundadas de fraude eleitoral feitas pelo presidente Donald Trump e por sua equipe de campanha. Em uma entrevista à emissora CBS News, Obama também disse que o presidente eleito, Joe Biden, “claramente ganhou” a disputa deste ano pela Casa Branca.

Antes mesmo que o resultado fosse anunciado pela imprensa americana no sábado 7, Trump alegou adulteração de votos e abriu uma série de contestações jurídicas em nível estadual. A equipe do presidente ainda não apresentou evidências para sustentar as acusações.

Obama, que antecedeu a Trump na Casa Branca, indicou que a única motivação por trás das alegações é que “o presidente não gosta de perder”.

“Estou mais preocupado com o fato de que outras autoridades republicanas estão concordando com isso”, disse o ex-presidente democrata. “É mais um passo para deslegitimar não apenas o governo Biden, mas a democracia em geral. Esse é um caminho perigoso”, completou.

Além disso, autoridades eleitorais dos Estados Unidos publicaram um comunicado nesta sexta-feira, 13, afirmando que a votação de 2020 foi “a mais segura da história americana”, rejeitando as alegações de fraude.

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“Podemos garantir que temos a maior confiança na segurança e integridade de nossas eleições, e a população também deve ter”, disse o grupo em comunicado. “Não há evidências de que qualquer sistema de votação ignorou, perdeu, mudou votos ou foi de alguma forma comprometido”, completou.

Entre outras acusações sem provas, Trump afirmou que 2,7 milhões de votos para ele haviam sido “excluídos”. Ele ainda não concedeu derrota.

Alguns republicanos já parabenizaram Biden por sua vitória, mas a maioria do partido ainda apoia o atual presidente. Até que Trump conceda o cargo, o democrata não pode receber memorandos do setor da inteligência ou o fundo da Casa Branca para a transição, de mais de 6 milhões de dólares, para a contratação de funcionários e compra de equipamentos.

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Por enquanto limitado, o presidente eleito só escolheu seu chefe de Gabinete, Ron Klain. O político é o assessor principal de Biden desde os anos 1980 no Senado até a vice-Presidência no governo Obama, nos mandatos de 2008 e de 2012.

Além disso, o democrata continua entrando em contato com líderes mundiais e outras figuras importantes enquanto prossegue com os preparativos para assumir a presidência. O mais recente telefonema foi com Papa Francisco nesta quinta-feira 12, que o parabenizou pela vitória, segundo a equipe de transição.

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