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Alckmin fala de Gaza: ataque a civis viola preceitos básicos de humanidade

'Fiquei absolutamente chocado com a notícia do ataque contra civis palestinos na Faixa de Gaza, perpetrado por forças militares israelenses', disse o vice

Por Da Redação Atualizado em 8 Maio 2024, 12h43 - Publicado em 1 mar 2024, 21h41

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, comentou na noite desta sexta-feira, 1º, nas redes sociais, a morte de mais de cem palestinos durante a distribuição de ajuda humanitária em Gaza na quinta-feira. “Fiquei absolutamente chocado com a notícia do ataque contra civis palestinos na Faixa de Gaza, perpetrado por forças militares israelenses, que vitimou dezenas de pessoas e feriu outras centenas”, afirmou.

“Obstar o acesso de indivíduos à ajuda humanitária é inconcebível sob qualquer perspectiva, e abrir fogo contra civis viola os preceitos mais básicos de humanidade”, continuou o presidente em exercício — Lula está fora do Brasil, participando da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

“Lutar pela paz, como defende o presidente Lula, não é mais uma opção, mas um imperativo ético que deve orientar todos os esforços da comunidade internacional neste momento”, disse Alckmin. “É preciso dar o primeiro passo no caminho da paz: cessar-fogo imediato, libertação dos reféns e entrada de assistência humanitária.”

Discurso de Lula

Mais cedo, em discurso na cúpula da Celac, Lula afirmou que Israel impões “punição coletiva” ao povo palestino e alertou que a “tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta”.

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O presidente afirmou que, em um mundo em que gastos militares globais ultrapassam 2 trilhões de dólares ao ano, é preciso “recuperar o espírito de solidariedade, diálogo e cooperação”.

“As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante”, disse.

O petista aproveitou a presença então do secretário-geral da ONU, António Guterres, para propor uma moção da Celac “pelo fim imediato desse genocídio”.

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“Peço aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que deixem de lados suas diferenças e ponham fim a essa matança”, ressaltando que “as vidas de milhares de mulheres e crianças inocentes estão em jogo”, completou.

Nota do Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro também condenou o ataque de Israel. “O governo [do primeiro-ministro Benjamin] Netanyahu volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal. E cabe à comunidade internacional dar um basta para, somente assim, evitar novas atrocidades. A cada dia de hesitação, mais inocentes morrerão”, disse o Itamaraty.

O texto reafirmou o repúdio do Brasil “a toda e qualquer ação militar contra alvos civis, sobretudo aqueles ligados à prestação de ajuda humanitária e de assistência médica” e voltou a pedir um cessar-fogo imediato.

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