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Alberto Fernández decreta feriado nacional após ataque contra Kirchner

Em mensagem gravada após o atentado, presidente argentino disse que país precisa 'retirar o ódio e a violência do discurso político'

Por Matheus Deccache
Atualizado em 2 set 2022, 10h53 - Publicado em 2 set 2022, 10h15

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou feriado nacional no país nesta sexta-feira, 2, após o atentado contra a vice-presidente Cristina Kirchner. Em mensagem gravada na Quinta de Olivos, ele manifestou seu “forte repúdio” e descreveu o evento como “o mais grave desde que recuperamos a nossa democracia”. 

“Hoje, pouco depois das 21h, um homem atacou a vida da atual vice-presidente da Nação e duas vezes presidente constitucional, Cristina Fernández de Kirchner. Ela continua viva porque, por uma razão que ainda não foi confirmada tecnicamente, a arma que tinha cinco balas não disparou apesar de ter sido acionada”, disse ele. 

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Fernández afirmou que a realidade comoveu a todos os argentinos que colaboram e abraçam o amor no país, acrescentando que o ataque merece a rejeição mais enérgica de toda a Argentina e de todos os setores políticos. 

“Podemos discordar, podemos ter divergências profundas, mas em uma sociedade democrática o discurso de ódio não pode ocorrer porque gera violência e não há possibilidade de coexistência de violência com democracia”, completou. 

A mensagem, que durou pouco mais de cinco minutos, o presidente argentino pediu pelo “banimento da violência e do ódio” do discurso político nacional e revelou que está em contato com a juíza responsável pelo caso, pedindo a ela que esclareça rapidamente a responsabilidade e os fatos, além de assegurar a proteção do acusado que está sob custódia. 

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Ao final da fala, Fernández decidiu declarar feriado nacional nesta sexta-feira com o objetivo de que “o povo argentino possa se expressar em defesa da vida, da democracia e em solidariedade ao nosso vice-presidente”.

“O povo argentino quer viver em democracia e em paz, e nosso governo está firmemente empenhado em trabalhar todos os dias para que possamos alcançá-lo”, concluiu.

O ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, utilizou o Twitter para condenar algo “gravíssimo”, que exige imediato e profundo esclarecimento por parte da justiça e das forças de segurança. 

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Na contramão, a presidente do partido conservador Proposta Republicana, Patricia Bullrich, criticou o decreto do feriado, dizendo que isso serve apenas para “mobilizar manifestantes”. Uma das últimas a se manifestar após o atentado, Bullrich acrescentou que “isso transforma um ato individual de violência em um movimento político”. 

“O presidente está brincando com fogo: em vez de investigar seriamente um incidente grave, ele acusa a oposição e a imprensa e decreta um feriado para mobilizar militantes”, escreveu em sua conta no Twitter. 

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Províncias não aderiram ao feriado 

Em uma medida vista como sem precedentes na Argentina, os governos de Mendoza e Jujuy decidiram não aderir ao feriado nacional e a administração provincial, escolas, transportes públicos e lojas estão funcionando normalmente. 

Os governadores Rodolfo Suárez e Gerardo Morales, ambos da União Cívica Radical, repudiaram o ataque na noite da última quinta-feira, mas disseram que não poderiam aderir ao feriado. A decisão causou confusão nas populações locais, uma vez que alguns órgãos públicos estão funcionando e outros de jurisdição nacional não. 

“Hoje devemos trabalhar normalmente, que é a melhor maneira de repudiar qualquer expressão de violência e adesão à paz social. Repudiamos mais uma vez o gravíssimo fato ocorrido ontem, solicitando seu pronto esclarecimento”, anunciou o governo de Mendoza na madrugada.

O governo de Jujuy, por sua vez, foi mais sucinto ao dizer que não tomaria nenhuma providência nesta data, acrescentando que as atividades escolares e administrativas funcionarão normalmente. 

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