O presidente do Egito, Abdel Fatah Al Sissi, foi reeleito para um segundo mandato com 97,08% dos votos válidos – cerca de 22 milhões de votos –, anunciou nesta segunda-feira a Autoridade Nacional Eleitoral. A participação nas eleições foi de 41,5% da população, informou Lashin Ibrahim, presidente do órgão, em coletiva de imprensa.
Sissi teve apenas um adversário oficial na disputa: Moussa Mostafa Moussa, desconhecido da população em geral e simpatizante do presidente. Ele recebeu apenas 3% dos votos válidos.
Ainda assim, segundo a imprensa local, 700.000 egípcios que foram às urnas riscaram os dois candidatos e escreveram o nome de Mohamed Salah, um jogador de futebol que integrou a seleção egípcia nas Olimpíadas de 2018 e joga para o time britânico Liverpool.
Ao todo, mais de 1 milhão de participantes se recusaram a votar e estragaram suas cédulas.
Salah teria conquistado 5% do total de votos, deixando Sissi com apenas 92% de aprovação. Porém, na sexta-feira à tarde, a imprensa oficial do governo parou de computar as cédulas invalidadas e creditou a Sisi a vitória com 97% dos votos.
A participação da população nas eleições de 2018 foi menor do que em 2014. Naquele ano, o índice chegou a 37% nos dois dias de votação, mas subiu para 47,5% depois que o prazo foi estendido por mais um dia.
Sissi, eleito em 2014 com 96,9% dos votos, era considerado o vitorioso antes mesmo do resultado desta eleição, divulgado neste final de semana.
A Autoridade Nacional Eleitoral anunciou na quarta-feira que as pessoas que não votaram devem sofrer sanções.
(Com AFP)