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Agência da ONU está preocupada com ‘tensão’ sobre programa nuclear do Irã

Teerã anunciou que não respeitará limites de acordo de 2015 após reimposição de sanções americanas

Por Da Redação
Atualizado em 10 jun 2019, 09h54 - Publicado em 10 jun 2019, 09h53
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  • No final de maio, contudo, o governo iraniano afirmou ter quadruplicado sua produção de urânio enriquecido, depois de suspender alguns compromissos firmados no acordo nuclear internacional (Joe Klamar/AFP)

    A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou nesta segunda-feira, 10, que está “preocupada com a tensão crescente” envolvendo o programa nuclear do Irã, depois que Teerã afirmou que não respeitará alguns limites estabelecidos pelo acordo internacional de 2015.

    “Espero que maneiras possam ser encontradas para reduzir a tensão atual por meio do diálogo”, afirmou em um discurso Yukiya Amano, o diretor do organismo das Nações Unidas.

    Em 8 de maio, o Irã anunciou que, após a reintrodução de sanções pelos Estados Unidos, não se sentia mais obrigado por certas restrições impostas no acordo de 2015, especialmente no que diz respeito a suas reservas de água pesada e enriquecido de urânio.

    Um ano antes, o presidente americano Donald Trump anunciou a saída de seu país do acordo e voltou a impor sanções contra a República Islâmica.

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    Apesar da retirada de Washington, Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China permanecem como parte do acordo.

    “Como reiterei repetidamente, os compromissos assumidos pelo Irã no acordo de 2015 representam um progresso significativo para a verificação nuclear” e é, portanto, “essencial” que o Irã continue a respeitá-los, acrescentou Amano.

    Com esse acordo, que deveria acalmar os temores da comunidade internacional sobre o acesso do Irã à bomba atômica, Teerã concordou em limitar drasticamente seu programa nuclear em troca de uma suspensão das sanções contra a sua economia.

    Nesta segunda-feira, o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, pediu ao governo do Irã que respeite o acordo internacional sobre seu programa nuclear e “mantenha o diálogo com a Europa”.

    Maas fez a declaração antes de uma reunião de uma hora com o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, que no domingo 9 afirmou que os europeus “são os menos indicados para criticar o Irã”.

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    O governo iraniano reclama que os europeus não cumpriram os compromissos assumidos no acordo internacional sobre seu programa nuclear de 2015.

    Maas afirmou aos jornalistas que o pacto é “de importância capital” para a Europa. “Não queremos que o Irã tenha armas nucleares”, disse.

    “Ao lado da Alemanha e da União Europeia temos um objetivo comum: conservar (o acordo nuclear), encerrar as tensões e os conflitos na região e permitir ao povo iraniano que se beneficie dos efeitos econômicos do acordo”, declarou Zarif após a reunião.

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    Tensão

    Após a saída de Washington, Teerã ameaçou deixar de cumprir progressivamente o acordo, a não ser que os demais sócios, em particular os europeus, ajudem o país a evitar as novas sanções econômicas.

    O Irã deu prazo de dois meses aos europeus, chineses e russos para concretizar os seus compromissos, em particular nos setores petroleiro e bancário.

    Sob o acordo, Teerã está autorizado a estocar até 300 quilos de urânio enriquecido e água pesada produzida nesse processo, exportando qualquer excedente. O governo iraniano afirmou, entretanto, que o teto não se aplica mais, já que as exportações foram muito prejudicadas pelas sanções americanas.

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    O pacto também estabelece que o país está autorizado a enriquecer urânio em até 3,67% – uma taxa suficiente para a geração de energia nuclear para uso civil, mas bem abaixo dos 90% usado para a fabricação de armas. Antes do acordo, o Irã enriquecia urânio a 20%.

    No final de maio, contudo, o governo iraniano afirmou ter quadruplicado sua produção de urânio enriquecido, depois de suspender alguns compromissos firmados no acordo nuclear internacional.

    Na semana passada, a AIEA afirmou que desde o último relatório elaborado pelos seus especialistas, divulgado em 22 de fevereiro, o país manteve os níveis de enriquecimento de urânio abaixo dos permitidos em pureza e quantidade máxima.

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    (Com AFP)

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