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Agência AP processa FBI por fabricar notícia falsa para vigiar suspeito

Por Da Redação
28 ago 2015, 20h01

A agência de notícias Associated Press (AP) processou o FBI por fabricar notícias falsas e atribuí-las à agencia para vigiar um adolescente. A agência alega que, em 2007, o FBI enviou para o rapaz um e-mail passando-se pela AP contendo links falsos. Ao clicar nos links, o adolescente instalou, sem perceber, o software de vigilância e passou a ser monitorado pelo FBI. O adolescente, então com 15 anos, estava sob investigação por suspeita de fazer ameaças de bomba contra uma escola do estado de Washington

A ação conjunta da AP e da organização Reporters Committee for Freedom of the Press (RCFP, ou Comitê de Repórteres pela Liberdade de Imprensa em português) é especificamente contra o FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, órgão ao qual a agência é subordinada. Segundo o documento, apresentado nesta quinta-feira na Corte do Distrito de Columbia, a agência de jornalismo descobriu em outubro de 2014 que um agente do FBI “tinha se passado por um membro de um meio de comunicação, concretamente da AP, para que um suspeito instalasse um software de vigilância em seu computador” sem se dar conta.

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Na ação, a AP sustenta que o FBI, que contava com uma ordem judicial, pretendia seguir a pista de um jovem que havia lançado uma série de ameaças de bomba contra a escola secundária Timberline, localizada perto da cidade de Lacey, no estado de Washington. Para instalar o software de vigilância, a agência de inteligência enviou ao suspeito o e-mail com links para as notícias falsas, intituladas “Ameaça de bomba na escola de ensino médio mitigada pelo departamento de polícia local” e “Estudante de Tecnologia sequestra instituto de Timberline” e assinadas pela AP.

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Com base nas descobertas, a AP e a organização RCFP pediram ao Departamento de Justiça e ao FBI que expliquem em quantas ocasiões e sob que circunstâncias se passaram por membros da imprensa para obter informações para suas investigações. O processo se ampara na Lei de Liberdade de Informação (FOIA), que permite aos cidadãos e às organizações do país solicitar judicialmente a divulgação de documentos governamentais de interesse público.

Em 2013, a agência de notícias denunciou que investigadores federais grampearam as chamadas de pelo menos 20 de suas linhas telefônicas em três de seus escritórios, supostamente para descobrir a fonte de um vazamento, no ano de 2012.

(Com agência EFE)

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