Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Afetado pelo aquecimento nos Andes, Chile planeja geleiras artificiais

País anunciou 407 medidas de combate à mudança climática durante a COP26 esta semana

Por Duda Monteiro de Barros Atualizado em 3 nov 2021, 16h17 - Publicado em 3 nov 2021, 13h52
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Cordilheira dos Andes perde 23 bilhões de toneladas de gelo por ano
    Beautiful peaks of mountains next to the Fitz Roy in Patagonia. (Photo by: HarrisDro/Loop Images/Universal Images Group via Getty Images) (HarrisDro/Loop Images/Universal Images Group/Getty Images)

    Um grupo de especialistas em clima do Chile quer aproveitar as chuvas de inverno no Hemisfério Sul para congelar a água e transformá-la em geleiras artificiais, que serão usadas nos meses secos de dezembro a fevereiro. Inspirado por uma iniciativa criada na Índia, o projeto Nilus está em desenvolvimento nos picos do Cajon del Maipo, uma cordilheira a sudeste da capital Santiago.

    Publicidade

    A meta é armazenar 100 milhões de litros de água no próximo ano, quantidade capaz de abastecer uma comunidade de 100 mil pessoas por três meses. O protótipo do projeto está no Parque Arenas, na parte mais alta do Cajon. Lá, a água deve ser capturada e congelada graças às baixíssimas temperaturas noturnas.

    Publicidade

    O Chile enfrenta severa seca há anos. Pesquisadores e ativistas ambientais alertam que as geleiras da Cordilheira dos Andes estão recuando. A falta de chuvas e de neve está tornando escassa a cobertura de gelo nas montanhas dos Andes entre a Argentina e o Equador.

    Imagens de satélite do inverno de 2020 e 2021 mostraram uma brusca diminuição da neve acumulada na região, justamente na estação em que deveria ser mais abundante. 

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Neste ano, o Chile enfrentou a pior seca da última década. Em agosto, uma estação meteorológica em Santiago registrou apenas 78mm, em comparação com 180mm no ano passado e uma quantidade média de 252mm, de acordo com o Serviço Meteorológico do Chile.

    Imagens do satélite Copernicus mostram redução do nível de neve.
    Imagens do satélite Copernicus mostram redução do nível de neve. (União Europeia / Copernicus Senti/Divulgação)

    A seca no país, gerada pelo aquecimento global, tem consequências diversas, como os  níveis baixos dos reservatórios e o ressecamento dos campos agrícolas.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Nas regiões de Limán e Elqui, ao norte do país, o clima extremo causou o fechamento de algumas vinícolas. A qualidade do vinho depende do clima fresco — e em nada combina com o cultivo em ambiente seco e quente. O resultado foi o início de uma corrida de enólogos, antes nunca vista, para conquistar terras ao sul de Santiago, como a Patagônia chilena.

    O Chile anunciou a estratégia de longo prazo (ECLP) para alcançar a neutralidade de carbono até 2050 que apresentará na cúpula do clima COP26, que está acontecendo em Glasgow. A ECLP consiste em 407 metas concretas para reduzir as emissões em todos os aspectos da sociedade.

    Publicidade

    A ministra do Meio Ambiente, Carolina Schmidt, afirmou que a mudança climática é a maior crise global enfrentada atualmente. O país se comprometeu a reduzir suas emissões de carbono a nível estatal com um máximo de 1,1 bilhão de toneladas de carbono entre 2020 e 2030 e estabeleceu cotas de responsabilidade para cada área. 

    Continua após a publicidade

    O Transporte ficará com a maior cota (29%), seguido por Energia (26%) e Mineração (16%), principal atividade industrial do Chile, que é o maior produtor de cobre do mundo. A intenção é que em 2025 apenas 10 das atuais 28 usinas a carvão ainda estejam em operação no Chile.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.