O famoso serial killer francês Charles Sobhraj, 78, conhecido como “A Serpente”, foi solto de uma prisão nepalesa, onde cumpria prisão perpétua, nesta sexta-feira, 23. Em 1975, ele foi preso por matar dois turistas, mas a maioria dos seus assassinatos continua sem resolução.
Sobhraj foi liberto por ordem de um tribunal superior do Nepal, devido a problemas de idade e saúde. Atualmente, de acordo com o júri, o serial killer sofre de uma doença cardíaca e precisa passar por uma cirurgia. Segundo autoridades, a sua deportação imediata ocorreria nesta sexta-feira.
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“Estamos trabalhando para reunir todos os documentos de viagem necessários para deportar Sobhraj para a França”, afirmou o diretor-geral interino do departamento de imigração do Nepal, Pradarshani Kumari, à emissora americana CNN. Um funcionário está em contato com a embaixada francesa em Katmandu para cuidar da deportação de Sobhraj, acrescentou.
Nascido em Saigon, no Vietnã, que era administrado pela França, ele foi preso pela primeira vez em Paris, no ano de 1963, por roubo. Depois, foi acusado de cometer uma lista de crimes em diversos países, como Grécia, Turquia, Afeganistão, Paquistão, Nepal, Índia, Tailândia e Malásia.
“A ordem do tribunal é mandá-lo para seu país de origem em 15 dias. Ele permanecerá sob a supervisão do governo do Nepal até partir. Estamos trabalhando com o Ministério do Interior”, declarou Kumari.
Por ter escapado de autoridade de diferentes países, foi apelidado de “A Serpente”. Ao todo, Sobhraj admitiu pelo menos 12 assassinatos em 1972 e 1976. No entanto, ele já insinuou ter cometido outros homicídios para entrevistadores, antes de retirar as confissões por conta de novos processos judiciais.
Em 2014, ele foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do turista canadense Laurent Carrière.
O seu caso foi retratado em um drama produzido pela Netflix em 2021. A minissérie, chamada de O Paraíso e a Serpente, conta como ele, durante anos, evitou a lei em toda a Ásia, usando um sistema de drogar, roubar e matar mochileiros ao longo da chamada “trilha hippie”, enquanto o ex-diplomata holândes, Herman Knippenberg, liderava esforços para capturá-lo.