A infeliz proeza inflacionária de Alberto Fernández na Argentina
Segundo pesquisa, presidente acumula uma inflação de 324% nos 37 meses em que está na Casa Rosada
Com a alta de 6% no índice de preços ao consumidor no início de 2023 na Argentina, o governo do presidente Alberto Fernández, segundo a estimativa da fundação Libertad y Progreso, acumula uma inflação de 324% nos 37 meses em que está na Casa Rosada.
“O governo de Alberto Fernández acumula inflação de 324,4% , quase o dobro da de seu antecessor, Mauricio Macri, no mesmo número de meses e 28,8 pontos percentuais acima do prazo total”, informou o relatório, publicado pelo jornal argentino Clarín.
Em quatro anos de governo, Macri somou 295% de inflação, e no segundo mandato da ex-presidente e atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, os números chegaram a 177%. Nos primeiros quatro anos que ela esteve na presidência, de 2007 a 2011, a inflação chegou a 127%. O menor número registrado foi durante o governo de Néstor Kirchner, que fechou com 66%.
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“Os dados de janeiro foram um choque de realidade para um governo que acreditava estar fazendo certo ao renovar o programa de preços justos e adicionar produtos”, disse Lautaro Moschet, economista da fundação Libertad y Progreso, ao Clarín. “A realidade mostra que essa aceleração, em um mês em que a demanda por dinheiro tende a aumentar devido a uma sazonalidade, cria uma perspectiva sombria para os próximos meses”.
Atualmente, cinco das dozes divisões que compõem o índice cresceram mais de 100%. A categoria com a maior inflação é a de “Vestuário e Calçado”, com um crescimento de 120,6% desde 1991, ano em que o país saiu da hiperinflação.
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Em 2022, de acordo com o Centro de Análises e Pesquisas Fundar, a Argentina terminou em terceiro lugar no ranking global de inflação. Em primeiro lugar ficou o Sudão, com 263%, e o Líbano com 127%.
Nos últimos 16 anos, a Argentina ficou em 14º lugar no pódio das dez nações com maior inflação. Durante este período, o crescimento do país “deixou muito a desejar”, afirmou a instituição. Mesmo com a tentativa de recuperar a economia no pós pandemia, em 2021 os argentinos ficaram, em média, 13% mais pobres do que em 2011.