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A horas de deixar cargo, Trump indulta Steve Bannon e outros aliados

Ao todo, 143 pessoas foram beneficiadas pelo presidente; rapper Lil Wayne e principal doador da campanha eleitoral do republicano também estão na lista

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jan 2021, 08h58 - Publicado em 20 jan 2021, 08h48
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  • Então conselheiro sênior da Casa Branca, Steve Bannon, ouve enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, fala à imprensa antes de se reunir com seu gabinete na Casa Branca em Washington - 13/03/2017
    Então conselheiro sênior da Casa Branca, Steve Bannon, ouve enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, fala à imprensa antes de se reunir com seu gabinete na Casa Branca em Washington - 13/03/2017 - (Nicholas Kamm/AFP)

    Em suas últimas horas no cargo de presidente dos Estados Unidos, Donald Trump divulgou nesta quarta-feira, 20, uma lista final de indultos e reduções de penas para aliados e celebridades. Entre os nomes beneficiados estão o do seu ex-conselheiro Steve Bannon e o de Elliott Broidy, um dos maiores doadores de sua campanha em 2016.

    Ao todo, foram emitidos 73 perdões e 70 reduções de penas. A lista ressalta o grande número de apoiadores e aliados do presidente que se envolveram em casos de corrupção e outros problemas legais. Diferente do que havia sido especulado pela oposição, porém, o republicano não tentou beneficiar sua família ou a si mesmo.

    Um dos nomes mais controversos na lista é o de Steve Bannon. O conservador foi um dos propulsores da vitória de Trump em 2016 e conselheiro sênior da Casa Branca – e é acusado de fraudar doadores da campanha online “We Build The Wall”, para construir o muro na fronteira com o México, que arrecadou 25 milhões de dólares.

    Trump passou as últimas horas antes de liberar a lista conversando com Bannon por telefone e debatendo com seus assessores a concessão do perdão. Segundo a imprensa americana, o gabinete do republicano teme que o ex-assessor esteja envolvido na invasão ao Capitólio em 6 de janeiro. Após muitas mudanças de opinião, porém, o presidente decidiu incluir seu nome.

    Entre os perdoados estão também Elliott Broidy, investidor que participou ativamente da arrecadação de fundos para a campanha eleitoral de Trump em 2016 e que foi condenado por lobby estrangeiro e por pressionar o presidente em uma série de investigações contra empresários asiáticos com os quais estava envolvido.

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    Dois rappers receberam clemência. Um deles foi Lil Wayne, que se confessou culpado em dezembro de possuir ilegalmente uma pistola Glock calibre .45 folheada a ouro e munição. O outro é Kodak Black, que foi condenado em 2019 a quase quatro anos de prisão depois de se declarar culpado de mentir em documentos ao tentar comprar armas.

    Wayne endossou publicamente o republicano em outubro passado e poderia ficar até 10 anos na prisão caso fosse condenado. O rapper recebeu duras críticas de fãs e outros artistas americanos pelo seu apoio ao presidente, mas aparentemente foi compensado pelo gesto.

    Trump também concedeu clemência a Aviem Sella, um ex-oficial da Força Aérea Israelense que foi indiciado pelos Estados Unidos em 1987 sob a acusação de espionagem e ao ex-engenheiro do Google Anthony Levandowski, condenado por roubo de informação sobre carros autônomos antes de pedir demissão da empresa e ser contratado pelo Uber.

    O presidente, porém, recusou conceder clemência a Sheldon Silver, ex-porta-voz da Assembleia estadual em Nova York, condenado por acusações de corrupção em 2015. Várias pessoas entraram em contato com Trump e seus assessores em apoio a Silver, mas o magnata decidiu não seguir em frente com o perdão depois que uma série de republicanos o pressionaram para desistir da ideia.

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    Quebra de sigilo e deportação

    Além de divulgar a lista, Trump determinou, em seu último dia como presidente, a quebra do sigilo sobre parte dos documentos que serviram como provas ao FBI no caso da interferência russa nas eleições de 2016. Uma longa investigação foi conduzida para determinar se o republicano colaborou com o Kremlin para garantir sua vitória, mas nenhuma acusação formal contra o presidente foi feita.

    De acordo com a imprensa americana, Trump disse em um memorando interno da Casa Branca que alguns dos documentos foram editados antes de serem divulgados.

    Por último, o magnata ainda interrompeu a expulsão de alguns imigrantes ilegais venezuelanos que estão nos Estados Unidos, pelo prazo de 18 meses, dadas as circunstâncias políticas do país latino-americano.

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