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A duas semanas do Brexit, Reino Unido teme desabastecimento de comida

Presidente da Federação de Bebidas e Alimentos do país disse a parlamentares que demora em um acordo comercial pode gerar atrasos na importação de comida

Por Da Redação
Atualizado em 8 dez 2020, 12h46 - Publicado em 8 dez 2020, 12h45
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  • À medida que o prazo para o Reino Unido e a União Europeia assinarem um acordo de divórcio vem chegando ao fim, comerciantes britânicos temem dificuldades para importar alimentos.

    em uma sessão no Parlamento nesta terça-feira 8, Ian Wright, diretor executivo de Federação de Bebidas e Alimentos (FDF), afirmou que há sério risco de desabastecimento nas prateleiras britânicas.

    “Temos apenas 14 dias (úteis). Como é que os comerciantes vão se preparar para esse ambiente?”, disse Wright, que também afirmou que a falta de um acordo pode erodir a confiança dos os logistas na logísticas dos alimentos.

    Segundo Wright, a incerteza sobre as novas regras e tarifas poderá tornar difícil em garantir o transporte de comida pelos portos sem atrasos. “Um dos problemas é a fiscalização na fronteira, outro são as tarifas, que nós não sabemos quais serão”, afirmou.

    “É uma escolha binária se você faz negócios na maioria dos casos. Meus membros não saberão se eles estão exportando seus produtos depois de 1º de janeiro, ou se eles serão capazes de importá-los e cobrar o preço que a tarifa ditar”, disse aos parlamentares.

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    Brexit na quarta-feira?

    Apesar do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, ter afirmado que um acordo com a União Europeia continua “muito distante”, há a expectativa que o premiê vá até Bruxelas na quarta-feira, 9, para se encontrar com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von De Leyen, e por um fim a questão.

    No entanto, ainda há três pontos espinhosos que não tiveram um acordo entre o país e o bloco.

    Além da questão das tarifas, discute-se o acesso de navios pesqueiros europeus em águas britânicas e as garantidas sobre concorrência comercial exigidas pela União Europeia.

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    “Eu sempre tenho esperança, mas tenho que ser honesto com vocês, a situação no momento é complicada. Nossos amigos têm que entender que o Reino Unido deixou a União Europeia para exercer o controle democrático”, afirmou o primeiro-ministro britânico.

    Os britânicos saíram oficialmente do bloco em 31 de janeiro, e desde março negociam a o divórcio final, que termina em 31 de dezembro às 23h59.

    Em um Brexit sem acordo, a relação comercial entre Reino Unido e União Europeia passará a ser administrada pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), o que significa a introdução de tarifas e cotas.

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