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A caminho da reabertura, China anuncia mudança radical na resposta à Covid

Medidas são claro afastamento da política de Covid Zero, que desacelerou a economia e ocasionou uma série de protestos por todo o país

Por Da Redação
7 dez 2022, 12h18
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  • O governo da China anunciou nesta quarta-feira, 7, mudanças radicais em sua resposta nacional à Covid-19, em um claro afastamento da política de Covid Zero, que desacelerou a economia e ocasionou uma série de protestos por todo o país. 

    Em comunicado divulgado pela emissora de televisão estatal CCTV, o Conselho de Estado da China divulgou 10 novas diretrizes que afrouxam algumas restrições, principalmente eliminando a obrigatoriedade de apresentação de teste PCR negativo e permitindo a realização de quarentena dentro de casa.

    + China irá anunciar 10 novas medidas de alívio da Covid-19, diz agência

    Alguns governos locais já estavam em processo de flexibilização das medidas ao longo da última semana, mas a decisão desta quarta é a primeira a nível nacional e representa uma grande reviravolta em Pequim, que manteve uma forte polícia de controle do vírus ao longo de quase três anos. 

    Uma das mudanças anunciadas diz respeito ao QR Code, que foi descartado pelo governo. Desde o início da pandemia, os chineses usavam o código para rastrear o estado de saúde dos usuários, com a cor – vermelho, amarelo e verde – sendo fator determinante para os cidadãos poderem frequentar estabelecimentos e transportes públicos. 

    Com o anúncio desta quarta, o QR Code continua obrigatório apenas em raras exceções, como para entrar em lares de idosos, escolas e instituições médicas. Além disso, as empresas privadas podem definir suas próprias diretrizes.

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    Outra grande mudança anunciada por Pequim diz respeito à quarentena, que causou uma série de polêmicas ao longo da pandemia. A partir de agora, pacientes assintomáticos ou com sintomas leves poderão realizar o isolamento dentro de suas próprias casas ao invés de serem levados para instituições governamentais. 7

    + China começa a abandonar política de Covid Zero após onda de protestos

    Pacientes cuja situação se deteriorar serão obrigatoriamente transferidos para hospitais próximos e contatos próximos do infectado também precisarão cumprir a quarentena. 

    As novas diretrizes também obrigam os governos locais a “garantir o funcionamento normal da sociedade e dos serviços médicos básicos”, dizendo que áreas que não são de alto risco não devem ser bloqueadas. 

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    Desse modo, os bloqueios passam a ser permitidos apenas em áreas de alto risco e devem ser encerrados imediatamente se nenhum novo caso for descoberto dentro de cinco dias. Além disso, as autoridades estão proibidas de bloquear saídas de incêndio, entradas de apartamentos e outros locais que possam servir como ponto de evacuação para cidadãos que quiserem atendimento médico. 

    O Conselho do Estado enfatizou também a necessidade de acelerar com o plano de vacinação nacional, principalmente em idosos. Apesar da variante Ômicron ser mais branda do que as anteriores, especialistas apontam que um pequeno surto de casos graves nessa parcela da população pode provocar a sobrecarga dos hospitais. 

    + China planeja flexibilizar restrições da Covid-19 após semana de protestos

    Segundo dados do país, 86% dos idosos acima de 60 anos já foram vacinados, mas esse número cai à medida que são analisadas as doses de reforço. Para aqueles acima de 80 anos, apenas 40% receberam vacinas adicionais até 11 de novembro. 

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    Por fim, as regras permitem o livre fluxo de viagens internas, não sendo mais obrigatório a apresentação de testes negativos para chineses que desejam viajar para dentro do próprio território. 

    Essa medida, somada ao fechamento das fronteiras regionais, dificultou o fluxo doméstico ao longo dos anos e fez com que muitos cidadãos que procuravam emprego ficassem sozinhos longe de suas cidades de origem e sem renda. 

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