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50 anos depois, Bolívia diz que Peru apoiou combate a Che Guevara

Telegramas diplomáticos revelaram que o governo peruano ofereceu ajuda contra a guerrilha

Por Da redação
Atualizado em 28 ago 2017, 19h42 - Publicado em 28 ago 2017, 19h28
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  • Em 9 de outubro de 1967, Che Guevara foi morto pelo exército boliviano, um dia depois de ser capturado em La Higuera, em Santa Cruz. Nesta segunda-feira, telegramas diplomáticos tornados públicos pela chancelaria boliviana revelaram que o governo peruano, durante o primeiro mandato presidencial de Fernando Belaúnde Terry (1963-1968), forneceu alimento e munição par ajudar as tropas da Bolívia a combater o revolucionário.

    Cerca de três meses depois do primeiro confronto armado entre os guerrilheiros e o exército, em 1967,  a embaixada da Bolívia em Lima notificou seus diplomatas, por meio de um documento confidencial, da importância que o governo de Belaúnde havia dado para o assunto. A notificação data de 15 de junho daquele ano, segundo reportou o tabloide La Razón.

    O jornal explicou que o documento faz parte dos arquivos que o agora ex-chanceler David Choquehuanca ordenou em novembro de 2016 que se tornassem públicos e que estarão à disposição da comissão da verdade, criada na semana passada para investigar as violações aos direitos humanos durante as ditaduras militares nas décadas de 60, 70 e 80 na Bolívia.

    “O presidente Belaúnde me encarregou de informar ao presidente (René) Barrientos que observa atentamente o desenvolvimento das guerrilhas na Bolívia com possíveis complicações e oferece todo o apoio ao nosso governo”, destaca o documento revelado.

    Em seguida, acrescenta: “disse-me estar satisfeito de que alimentos e munições peruanas estejam dando bom resultado a nossos exércitos. Interessou-se em conhecer os nomes dos guerrilheiros peruanos e ofereceu colaboração do serviço de Inteligência desse país”. A guerrilha de Che contou com a participação dos peruanos Restituto Cabrera, Juan Pablo Chang e Lucio Edilverto Garvan.

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    A Bolívia também recebeu ajuda militar dos Estados Unidos, principalmente por meio de armas e treinamento, que foram primordiais para a derrota de Che. O governo boliviano prepara uma série de cerimônias para comemorar no dia 8 de outubro o 50º aniversário da captura de Che no sudeste do país.

     (Com AFP)

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