Restaurante portenho leva o prêmio de melhor casa de carnes do mundo
Pelo terceiro ano consecutivo, o Don Julio é o primeiro do ranking; fila de espera para o jantar chega a quatro meses

Localizado em Palermo, na cidade de Buenos Aires, o restaurante argentino Don Julio é um sucesso de público. Está sempre lotado. A fila de reserva para o jantar chega a quatro meses de espera. É isso mesmo: só há vagas a partir de setembro. Há quem tente lugar sem reserva para o almoço. Por isso, não raro, às 10h, já há uma pequena fila na porta da casa. E a procura só deve aumentar. Nesta quinta-feira, 1° de maio, foi anunciado em Londres, que a casa de parrilla ganhou o primeiro lugar do Word’s 101 Best Steak Restaurants, pela terceira vez consecutiva. O prêmio é organizado pelo Upper Cut Media House, empresa e mídia com trinta anos de experiência internacional em hospitalidade, gastronomia e eventos.
Comandada pelo empresário e sommelier Pablo Rivero e do chef Guido Tassi, Don Julio tem outras premiações no currículo: conquistou duas vezes o melhor restaurante da América Latina, do Latan America’s 50 Best Restaurants. O simpático restaurante de toldo listado de verde e branco é rodeado por uma varanda com mais de 40 lugares, com um ambiente acolhedor comum às boas casas de parrilla argentinas. Mas é na grelha que se destaca. De lá saem pratos clássico como a morcila (embutido de sangue de porco coagulado, misturado com gordura e condimento), o chouriço e muitas provoletas (pedaço grosso de provolone derretido), além de uma grande variedade de cortes de carnes, que foram considerados excelentes.
Os jurados consideram o sabor, o terroir, o caráter marmoreiro (gordura intramuscular), o corte e o preparo. Don Julio se destaca também pela variedade de cortes, processo de maturação, origem e raças dos animais. Um dos principais pilares da casa é a abordagem sustentável das carnes de gado Aberdeen Angus e Hereford. Os proprietários dizem que fazem questão de respeitar a sazonalidade.
Há muitos turistas que chegam com tanta expectativa, que saem decepcionados. Mas a rotatividade e o salões cheios não deixam dúvida que o chef Guido Tassi acertou a mão. No subsolo, fica escondida outra estrela da casa. Trata-se da adega organizada por Rivero, iluminada e climatizada, com mais de 15 mil rótulos argentinos, que dão um bom panorama da atual viticultura do país.
O segundo lugar da premiação ficou com o restaurante Margaret (Austrália) e o terceiro com o Laia (Espanha). Apesar da tradição em churrasco, o Brasil não aparece na lista.
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+https://veja.abril.com.br/comportamento/don-julio-na-argentina-e-eleito-o-melhor-restaurante-da-america-latina/