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Oito bons tabuleiros de Salvador

Lista integra 20ª edição do guia VEJA COMER & BEBER SALVADOR 2019/2020

Por Daniel Salles, Ana Geisa Lima, Camila Botto, Joana Maltez, Maiana Brito, Mariani Campos e Marília Simões
Atualizado em 4 dez 2019, 01h01 - Publicado em 4 dez 2019, 00h01
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  • Chica

    O preparo dos caprichados bolinhos de feijãofradinho estão a cargo de Nilza dos Santos, herdeira da famosa receita da sogra, a Chica. Após cinco décadas de atividade, a família preserva a tradição da fundadora e o acarajé é servido com recheio de vatapá, vinagrete e molho de pimenta (R$ 8,00, com camarão seco, ou R$ 6,00, sem os crustáceos). Os mesmos valores valem para o abará, cozido no vapor. Avenida Manoel Dias da Silva, s/nº, Praça Brasil, Pituba,99118-6255. 16h/20h30 (sáb. e dom. 10h/14h). Aberto em 1965.

    Cira (eleito o melhor de 2019)

    Cai a tarde em Salvador, e Jaciara de Jesus Santos, a Cira, toda paramentada como convém a uma vendedora de acarajé, aparece no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho, para conferir o andamento de sua barraca mais disputada. Aos 69 anos, mais de cinquenta deles dedicados aos bolinhos fritos no azeite de dendê, ela se dá ao luxo de visitar só às vezes seus pontos de venda — ao todo são quatro. “No início eu fazia tudo sozinha, hoje tenho trinta funcionários”, orgulha-se. Mal se senta, é abordada por uma cliente com uma filha pequena, que pede para fotografar a criança no colo da dona da barraca. A cena é testemunhada por Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura, que espera a vez de ser atendido pela equipe da Cira, vencedora na especialidade pela 16ª vez. O preparo do acarajé, com vatapá, molho de pimenta, salada de tomate e generosos camarões secos (R$ 12,00, no pratinho), Cira aprendeu com a mãe. No começo, triturava e batia a massa de feijão-fradinho à mão. “Era mais de uma hora só com o braço, para garantir a crocância”, lembra ela, que demorou a aderir às batedeiras. Cozidos no vapor e com os mesmos itens, os abarás saem pelo mesmo valor. A cocada (R$ 7,00) e o bolinho de estudante (R$ 6,00) são outros dois atrativos do premiado tabuleiro. Rua Aristides Milton, s/nº (em frente à Ladeira do Abaeté), Itapuã. Não tem telefone. 10h/22h30 (sáb., dom. e feriados até 23h30); Largo da Mariquita, s/nº, Rio Vermelho. Não tem telefone. 15h/23h (sáb., dom. e feriados, 11h/23h). Mais dois endereços. Aberto em 1967.

    Dária e Laura

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    A matriarca Dária Carvalho e a filha Laura Carvalho fundaram há mais de quatro décadas este negócio, que hoje envolve também filhos e netos. Acarajé ou abará completos custam R$ 11,00 cada um. Sem camarão, a unidade é vendida por R$ 9,00. No rol de especialidades doces, os clientes podem escolher cocada na versão puxa, feita com rapadura, ou cremosa, com adição de leite condensado (R$ 5,00 cada uma). Rua dos Maçons, 2, Pituba, esquina do Redemix,99241-5323. 17h30/21h (fecha dom.). Aberto em 1977.

    Dinha

    O bolinho de estudante (R$ 6,00) e o acarajé completo, com vatapá, camarão, vinagrete e pimenta (R$ 11,00), são as estrelas do tabuleiro. Instalado há quase oitenta anos no boêmio Rio Vermelho, o ponto já se tornou patrimônio e ponto turístico do bairro. Rua João Gomes, s/nº, Largo de Santana, Rio Vermelho,99687-6943. 16h30/22h (sáb. e dom. 12h/0h; fecha sex.). Aberto em 1944.

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    Fino Abará

    Servido por baianas vestidas a caráter, o abará famoso por sua leveza tem a massa preparada de acordo com a receita do proprietário, André Junqueira Ayres. Com ingredientes provenientes da Feira de São Joaquim, ele faz o abará, carrochefe do lugar, e também o acarajé — cada um custa R$ 8,00, sem camarão seco, e R$ 10,00, completo, com a adição do crustáceo. Rua Barão de Loreto, 4, Graça,3247-0306 (30 lugares); Avenida Paulo VI, 1697, Pituba,99368-5315 (40 lugares). 16h30/20h (fecha sáb., dom. e feriados). Aberto em 1999.

    Gregório

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    Gregório Bastos chamou atenção há 29 anos, na Barra, quando se tornou o primeiro homem caracterizado a vender acarajé na cidade. Desde 2015 ele mantém seu ponto na Praia de Stella Maris. A unidade do acarajé custa R$ 10,00, mas o bolinho também pode ser vendido por peso (R$ 50,00 o quilo). A dúzia de miniabarás sai a R$ 20,00. Avenida Mãe Estela de Oxóssi, s/nº, Stella Maris,99106-2554. 9h/14h (fecha seg. a qui.). Aberto em 1990.

    Meiry

    As netas da fundadora deste tabuleiro atendem as novas gerações de clientes, que encaram filas para abocanhar os quitutes. Por R$ 5,00, é possível experimentar o acarajé recheado com vatapá, caruru, salada de vinagrete e camarão seco ou o abará completo. Bem crocante, o bolinho de estudante custa R$ 2,50. Ladeira do Acupe, 2, Brotas,99330-1623. 15h/22h (dom. até 20h). Aberto em 1987.

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    Regina

    O tabuleiro oferece ao público as receitas da baiana Regina dos Santos Conceição. Aos 67 anos, ela prepara, junto com a filha, a massa especial do bolinho típico. O acarajé e o abará são servidos com vatapá, camarão seco, salada de tomate e pimenta (R$ 10,00), mas há também a opção sem o fruto do mar (R$ 8,00). Largo de Santana, Rio Vermelho,98647-8069. 14h/23h (sáb. e dom. 10h30/21h; fecha seg. a qua. e feriados); Rua da Graça, em frente ao colégio Sartre COC. Não tem telefone. 16h/22h (ter. a sex.). Aberto em 1989.

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