A novela do tenista sérvio Novak Djokovic acaba de ganhar um novo capítulo. Nesta sexta-feira, o ministro da Imigração, Alex Hawke, revogou seu visto, afirmando que “a decisão era de interesse público”. Com isso, Djokovic pode ser detido no sábado, antes de uma audiência judicial decisiva que acontecerá no domingo. Na ocasião, ele apresentará argumentos para não der deportado e, assim, competir no Aberto da Austrália.
No sábado, o tenista poderá visitar seus advogados para traçar a estratégia que deve adotar na corte. A documentação deverá ser enviada amanhã, antes da sessão. Se tudo correr como planejado, ele estará apto a entrar na quadra na segunda-feira, 17, quando começa o torneio.
Todo o imbróglio começou porque Djokovic se recusou a tomar a vacina contra a Covid-19 e defendeu uma postura antivacina. Ele chegou em Melbourne no último dia 5, foi detido no aeroporto e teve seu visto cancelado por não apresentar justificativa médica válida para não comprovar a vacinação. Alguns dias depois, na segunda-feira, 10, seu recurso para continuar no país foi acatado pelo juiz Anthony Kelly, responsável pelo caso.
Ele estava se movimentando livremente e treinando após ter passado alguns dias em um hotel para imigrantes sem documentos. Kelly concordou em deixar Djovovic se preparar para a disputa enquanto o caso não fosse resolvido. “Eu quero ficar e tentar participar do Aberto da Austrália”, escreveu o tenista em seu perfil no Twitter.
Se competir, Djokovic enfrentaria o também sérvio Miomir Kecmanovic. Ele busca de seu décimo título no Aberto da Austrália e de seu 21º troféu de Grand Slam, o que o isolaria como maior vencedor da história, à frente de Roger Federer e Rafael Nadal.